TASCA DA ESTAÇÃO

6.1.05

Para reflectir

Estou à espera da reacção destes tipos aos factos relatados aqui. Para a ACA-M, todos os condutores portugueses são uns selvagens e cada quilómetro de estrada uma armadilha mortal.

Facto: há por aí muito azelha e muito selvagem com elevado potencial assassino quando tem um carro nas mãos. Facto também: são, cada vez mais, uma minoria. Teoria (comprovada por evidências): a sinistralidade é inversamente proporcional ao desenvolvimento económico de um país. Facto: a sinistralidade em Portugal diminui de ano para ano, com raras excepções. Facto: cada vez se anda mais depressa, seja devido aos carros, seja devido às estradas. Facto: cada vez o parque automóvel é maior. Facto: nunca morreu tão pouca gente nas nossas cada vez mais rápidas estradas, nem nunca tantos e tão potentes carros andaram nelas simultaneamente.

Conclusão: o discurso radical e apocalíptico da ACA-M está totalmente desfasado da realidade. Eu deixo uma sugestão: moderem o discurso e adoptem uma atitude construtiva. Deixem de aparecer, quase apoplécticos, nas TVs a dizer mal de tudo e de todos por tudo e por nada e contribuam efectivamente para baixar números são ainda uma tragédia. Que vem diminuindo, mas está longe de deixar de o ser.

Ah: e já alquém reparou que, muito piores que os condutores, são os peões? A quantidade de peões inconscientes é bem superior à dos condutores na mesma situação. Quantos de nós não viram já peões a atravessar a meia dúzia de metros de uma passadeira? Ou a atravessar numa passadeira sem sequer cuidar de verificar se os carros efectivamente vão parar? Ou atravessar estradas como a Marginal, ou a 2ª Circular?