O barril de pólvora
Desde há muito que se pressentia isto. A periferia de Paris é um perfeito barril de pólvora que mais cedo ou mais tarde havia de explodir. Basta lá passamos uns meses para nos apercebermos dessa realidade. Imigrantes de 2ª geração, enfiados em gigantescos ghettos de betão onde não há nada, pobres, desempregados, desenraizados, já não se sentem africanos, ou magrebinos, mas também não se sentem ? nem, na maioria, se querem sentir ? franceses, nem os demais franceses os vêem como tal, a tentação pela criminalidade é grande, a droga dá dinheiro fácil, o gang dá poder e importância, e aí está um perfeito melting pot que só podia dar nisto. Hoje temos o caos instalado, e vamos ver como isto vai acabar.
No entanto, tem razão Nicolas Sarkozy. Carradas de razão. Estes acontecimentos são violência gratuita, e violência gratuita não se trata com paninhos quentes. Incendiar carros e saquear lojas são actos graves e que devem ser punidos em conformidade. Só assim se pode dissuadir a sua prática. A revolta, inadaptação, exclusão, desemprego ou o que quer que seja não justifica que se desate a dar cabo da propriedade alheia. Estes grupos de jovens comportam-se como selvagens e não adianta enganarmo-nos a pensar que conseguimos dialogar com selvagens. É escusado: hoje dá-se-lhes a mão para pararem de incendiar viaturas e saquear lojas, amanhã eles incendiarão viaturas e saquearão lojas para terem o braço, que a mão já não chega. Para dialogar, há que os pôr na ordem primeiro. Difícil? Sem dúvida, mas possível. Temos sempre o exemplo do Rudy Giuliani que, com punho de ferro, mas em estrito respeito pela lei em vigor, transformou Nova Iorque numa cidade relativamente segura.
No entanto, tem razão Nicolas Sarkozy. Carradas de razão. Estes acontecimentos são violência gratuita, e violência gratuita não se trata com paninhos quentes. Incendiar carros e saquear lojas são actos graves e que devem ser punidos em conformidade. Só assim se pode dissuadir a sua prática. A revolta, inadaptação, exclusão, desemprego ou o que quer que seja não justifica que se desate a dar cabo da propriedade alheia. Estes grupos de jovens comportam-se como selvagens e não adianta enganarmo-nos a pensar que conseguimos dialogar com selvagens. É escusado: hoje dá-se-lhes a mão para pararem de incendiar viaturas e saquear lojas, amanhã eles incendiarão viaturas e saquearão lojas para terem o braço, que a mão já não chega. Para dialogar, há que os pôr na ordem primeiro. Difícil? Sem dúvida, mas possível. Temos sempre o exemplo do Rudy Giuliani que, com punho de ferro, mas em estrito respeito pela lei em vigor, transformou Nova Iorque numa cidade relativamente segura.