Palavras para quê, é uma entidade portuguesa!

Lê-se e não se acredita. Mas parece que é verdade: na DGV, há condutores que nunca cometeram infracções (ou que nunca foram apanhados, o que, no caso em apreço, significa rigorosamente o mesmo) contemplados com infracções de outros que, por seu lado, se safam airosamente. Pior: desde 2003 que o problema é conhecido e ninguém mexe uma palha. Ou melhor, mexe: sacode a água do capote e passa a bola a outro.

Ao ler o artigo, fica-me a dúvida: aquilo acontece devido a um bug do programa ou um funcionário mal-intencionado e/ou corrupto (mera hipótese académica, pois não há funcionários públicos mal e/ou corruptos) pode faralhar o sistema para safar um amigo?

Se este fosse um país decente, o assunto era investigado, e alguém - que não os infelizes condutores a quem calhou a fava - pagaria por isso. Como este é o país que é, resta-nos rezar para que a dita fava nunca nos calhe.