TASCA DA ESTAÇÃO

16.6.06

Estúpidos, mas nem todos

Manda a verdade dos factos que reconheça que terei exagerado neste post. Afinal, ou devo dizer, finalmente, a classe dos professores começa a abrir os olhos e a perceber que a luta da Fenprof não é a sua. A Fenprof marca greves coladas a fins-de-semana e pontes. A Fenprof apoia o regabofe das faltas, dos artigos, das juntas médicas, dos horários zero. A Fenprof não apoia só o status quo: gostaria que TODOS os candidatos a professores dele beneficiassem. Os alunos? Quais alunos?

A propósito do horário zero, e dos professores que com ele ficam - e dos quais a Fenprof tanto gosta -, alegando falta de condições psicológicas, sempre gostaria de ver qual seria a reacção do meu boss se eu lhe aparecesse com uma conversa delas, a pedir para ficar sentado à secretária a ver mails ou a escrever no blogue, ou seja, para deixar fazer aquilo para que fui contratado e para que sou pago, mas a receber o meu ordenadinho por inteiro ao fim do mês. No mínimo dizia que eu era maluco, no máximo que eu era um ladrão e punha-me - e muito bem - no olho da rua. Ora, porque diabo há-de um professor, cuja função é dar aulas, ser pago para não o fazer?

É muito simples: não podem, não conseguem, não querem dar aulas, mudem de emprego. Lamento, mas ser professor com emprego para toda a vida não é, ou não devia ser, um direito. Como em tudo na vida, deveriam dar aulas os mais capazes para tal e não quem não consegue, ou não quer, ou não está para isso.

Isto não é uma defesa dos alunos. Porque para certos selvagens que frequentam as salas de aula, deveriam estar reservados tratamentos medievais adequados.