Privatize-se o Estado!!
Com o nascimento da minha segunda filha, lá preenchi o papelinho da licença de 5 dias, pagos pela Segurança Social (SS para abreviar, mas, por favor, não confundir com as outras de triste memória). Moderno, o formulário permite ao utente indicar um NIB para que a SS proceda à transferência directa, o que, obviamente, fiz: lá meti o NIBezinho da minha continha à ordem.
Como não fui lá directamente, foi a patroa, que também tinha coisas a tratar e sempre podia levar o rebento mais novo com ela e, assim, ganhar prioridade no atendimento (importante que se diga nesta altura que 1-eu trabalho, ela agora não, e 2-os avós, que nos ficam com as criancinhas em caso de necessidade, estão a 300 km). Previdente, muni-a com o meu cartão de beneficiário e o BI, à cause des mouches.
Passado algum tempo, um telefonema da patroa: era preciso um comprovativo do NIB...
Eis o Estado no que tem de mais amigo das pessoas, a tentar impedi-las de se enganarem a elas próprias. Sim, não fosse EU, malandro, indicar um NIB de outrem, que receberia indevidamente o MEU dinheiro.
Moral da história:
Como não fui lá directamente, foi a patroa, que também tinha coisas a tratar e sempre podia levar o rebento mais novo com ela e, assim, ganhar prioridade no atendimento (importante que se diga nesta altura que 1-eu trabalho, ela agora não, e 2-os avós, que nos ficam com as criancinhas em caso de necessidade, estão a 300 km). Previdente, muni-a com o meu cartão de beneficiário e o BI, à cause des mouches.
Passado algum tempo, um telefonema da patroa: era preciso um comprovativo do NIB...
Eis o Estado no que tem de mais amigo das pessoas, a tentar impedi-las de se enganarem a elas próprias. Sim, não fosse EU, malandro, indicar um NIB de outrem, que receberia indevidamente o MEU dinheiro.
Moral da história:
- Mesmo que quisesse, não me conseguiria enganar a mim próprio;
- Vou receber um cheque em vez de uma transferência;
- O estado gasta mais dinheiro, e eu também;
- Todos perdemos mais tempo;
- A noção de responsabilidade individual não existe para o Estado: somos todos, por defeito, irresponsáveis, e cabe ao Estado zelar por nós para que não façamos disparates;