Caiu de podre
Há quatro meses, fui dos poucos que defenderam a decisão do Jorge Sampaio. De facto, as únicas dúvidas que na altura poderiam existir residiam na pessoa indicada para Primeiro-Ministro, e não em questões institucionais. Por este último aspecto, havia objectivamente condições para se manter a estabilidade governativa.
Hoje, face a tudo o que se passou, acho que o Sampaio deu um golpe de mestre. Desarmou a coligação ao dar-lhe a oportunidade de governar, não convocando eleições. Deu ao Santana Lopes a hipótese de mostrar o que valia. Deixou o país inteiro - a parte que ainda não tinha percebido, entenda-se - perceber que Santana Lopes é uma desgraçada nulidade. Ficou a aguardar que a inevitabilidade acontecesse e que o governo caísse de podre. E deu ao PS a oportunidade única de ter uma maioria absoluta sem grande esforço.
Contrariamente a muitos comentadores, nunca achei que o Sampaio tenha querido levar este governo até 2006. Pelo contrário, sempre achei que o Sampaio estava à espera de uma oportunidade destas. O teor da sua comunicação ao país, na altura, revelava claramente essa intenção.
O que ninguém esperava é que este Governo (e, bem assim, o seu líder) fosse de tal modo mau que se auto-destruísse em apenas quatro meses. E, para além de todas as asneiras governamentais (crise dos professores, crise da Galp, caso Marcelo, SCUT's, os benefícios fiscais, o IRS-que-ora-desce-ora-já-não-desce-ora-já-volta-a-subir, as taxas moderadoras diferenciadas, etc), o Santana cometeu, em quatro meses, algumas proezas dignas de nota:
Hoje, face a tudo o que se passou, acho que o Sampaio deu um golpe de mestre. Desarmou a coligação ao dar-lhe a oportunidade de governar, não convocando eleições. Deu ao Santana Lopes a hipótese de mostrar o que valia. Deixou o país inteiro - a parte que ainda não tinha percebido, entenda-se - perceber que Santana Lopes é uma desgraçada nulidade. Ficou a aguardar que a inevitabilidade acontecesse e que o governo caísse de podre. E deu ao PS a oportunidade única de ter uma maioria absoluta sem grande esforço.
Contrariamente a muitos comentadores, nunca achei que o Sampaio tenha querido levar este governo até 2006. Pelo contrário, sempre achei que o Sampaio estava à espera de uma oportunidade destas. O teor da sua comunicação ao país, na altura, revelava claramente essa intenção.
O que ninguém esperava é que este Governo (e, bem assim, o seu líder) fosse de tal modo mau que se auto-destruísse em apenas quatro meses. E, para além de todas as asneiras governamentais (crise dos professores, crise da Galp, caso Marcelo, SCUT's, os benefícios fiscais, o IRS-que-ora-desce-ora-já-não-desce-ora-já-volta-a-subir, as taxas moderadoras diferenciadas, etc), o Santana cometeu, em quatro meses, algumas proezas dignas de nota:
- Chefiou o pior Governo desde o 25 de Abril (descontem-se aqui os Provisórios e seus devaneios revolucionários), assentando-lhe bem a carapuça de "pior PM" no mesmo período;
- Conseguiu ter meio PSD (a metade de mais peso, eu diria) contra ele: Marcelo, Cavaco, Pacheco Pereira, Marques Mendes, Miguel Veiga, etc, etc:
- Desfez o PSD, que tem pela frente uma bela travessia do deserto;
posted by Sr. Zé at
17:15
