A palhaçada
Hoje assistiu-se a uma das maiores palhaçadas de sempre em eventos desportivos. Refiro-me, obviamente, ao GP dos EUA em Fórmula 1.
A atitude da Michelin foi vergonhosa ao desculpar-se com um problema de segurança para encobrir um espalhanço monumental na escolha do tipo de pneus a levar para este GP. A questão residia no desgaste prematuro do pneu traseiro esquerdo, o mais solicitado em Indianapolis. Ora, se o pneu se desgastava demais, nomeadamente na última curva, os pilotos tinham um bom remédio, que aliás os pilotos que correm com Bridgestone já se viram forçados a experimentar esta época: tirar o pé. Mas isso implicava que a Michelin fosse humilhada pela Bridgestone, o que, obviamente, a marca francesa não estava para suportar, sendo mais fácil semear o pânico nas equipas, que se portaram à altura e se retiraram, como se a F1 não fosse um desporto de risco. Curiosamente, os pneus Bridgestone, que tantas dores de cabeça deram nas primeiras corridas, portaram-se de forma impecável.
Aliás, já em 2003 a Michelin, na ânsia de derrotar a Bridgestone, fez batota, produzindo pneus que, com o aquecimento, acabavam por ficar mais largos do que o regulamentar, situação que estava a dar resultados, com a Williams, McLaren e Renault a darem bigodes à Ferrari. Para seu azar, a Ferrari deu-se conta, mesmo clamando inocência, lá acabou por voltar aos pneus mais estreitos. Quem não deve, não teme, lá diz o povo, mas parece que a Michelin não tinha a certeza de ter as contas em dia. Resultado, a Ferrari, com a Bridgestone, ganhou as 3 ou 4 corridas que faltavam para o fim do campeonato, e o Schumacher lá foi outra vez campeão.
No meio disto tudo, a F1 levou uma machadada que pode ser mortal. E se a Michelin e as equipas suas clientes têm culpas no cartório, a principal culpada é a FIA e o seu presidente, Max Mosley, que de ano para ano inventa regulamentos cada vez mais imbecis, quiçá preocupado com um domínio da Ferrari, que cometeu o crime de ser melhor que as outras. Nunca tanto como hoje a F1 merece o epíteto de "circo". A F1 está a morrer e se não mudarem as moscas morre mesmo. E a culpa não é da Ferrari, nem do Schumacher. E, no que respeita aos EUA, não deve lá voltar tão cedo.
No meio disto tudo o Tiago Monteiro tornou-se o primeiro português a subir ao pódio na F1, e estava feliz. Não teve ele culpa da palhaçada que se verificou, e fez uma bela corrida, facto aliás referido no site oficial da F1.
A atitude da Michelin foi vergonhosa ao desculpar-se com um problema de segurança para encobrir um espalhanço monumental na escolha do tipo de pneus a levar para este GP. A questão residia no desgaste prematuro do pneu traseiro esquerdo, o mais solicitado em Indianapolis. Ora, se o pneu se desgastava demais, nomeadamente na última curva, os pilotos tinham um bom remédio, que aliás os pilotos que correm com Bridgestone já se viram forçados a experimentar esta época: tirar o pé. Mas isso implicava que a Michelin fosse humilhada pela Bridgestone, o que, obviamente, a marca francesa não estava para suportar, sendo mais fácil semear o pânico nas equipas, que se portaram à altura e se retiraram, como se a F1 não fosse um desporto de risco. Curiosamente, os pneus Bridgestone, que tantas dores de cabeça deram nas primeiras corridas, portaram-se de forma impecável.
Aliás, já em 2003 a Michelin, na ânsia de derrotar a Bridgestone, fez batota, produzindo pneus que, com o aquecimento, acabavam por ficar mais largos do que o regulamentar, situação que estava a dar resultados, com a Williams, McLaren e Renault a darem bigodes à Ferrari. Para seu azar, a Ferrari deu-se conta, mesmo clamando inocência, lá acabou por voltar aos pneus mais estreitos. Quem não deve, não teme, lá diz o povo, mas parece que a Michelin não tinha a certeza de ter as contas em dia. Resultado, a Ferrari, com a Bridgestone, ganhou as 3 ou 4 corridas que faltavam para o fim do campeonato, e o Schumacher lá foi outra vez campeão.
No meio disto tudo, a F1 levou uma machadada que pode ser mortal. E se a Michelin e as equipas suas clientes têm culpas no cartório, a principal culpada é a FIA e o seu presidente, Max Mosley, que de ano para ano inventa regulamentos cada vez mais imbecis, quiçá preocupado com um domínio da Ferrari, que cometeu o crime de ser melhor que as outras. Nunca tanto como hoje a F1 merece o epíteto de "circo". A F1 está a morrer e se não mudarem as moscas morre mesmo. E a culpa não é da Ferrari, nem do Schumacher. E, no que respeita aos EUA, não deve lá voltar tão cedo.
No meio disto tudo o Tiago Monteiro tornou-se o primeiro português a subir ao pódio na F1, e estava feliz. Não teve ele culpa da palhaçada que se verificou, e fez uma bela corrida, facto aliás referido no site oficial da F1.