A velha Europa
Acabo de ver magnífica reportagem na BBC World sobre a Europa e as visões diametralmente opostas que Reino Unido e França têm relativamente ao seu futuro. Realizada por britânicos, era indisfarçável o puxar a brasa à respectiva sardinha, o que, apesar disso, não retirava qualidade ao produto final.
E a grande questão é: que modelo para o futuro da Europa? O modelo desregulador e liberal defendido pelo Reino Unido, e seguido pela maioria dos jovens lobos de leste, que aproveitam da melhor maneira a infra-estrutura deixada pelos antigos regimes, ou o modelo de welfare state defendido por Alemanha e França, sobretudo esta última, grande beneficiária desse sorvedouro de dinheiro chamado PAC?
A mim, pessoalmente, agrada-me mais o segundo modelo. A questão é que, neste momento, não o creio sustentável num mundo cada vez mais globalizado e, por isso, competitivo. Creio, por isso, que a abordagem britânica é, hoje por hoje, a mais realista. Se não se tomarem medidas radicais rapidamente, daqui a uns anos nós, europeus, seremos como os aristocratas falidos: sem cheta e a viver das glórias do passado, enquanto os outros se movem rapidamente. A questão é que essa revolução vai doer e, ao princípio, as coisas vão piorar, antes de começarem a melhorar. Conseguirão os aburguesados europeus suportar tais políticas? Pode ser, mas duvido...
Uma hipótese seria o modelo finlandês: com a economia em colapso (creio ter ouvido nesta reportagem que a contracção chegou aos 10% mensais!!), a solução consistiu em liberalizar a economia, mantendo, no entanto, grande parte dos privilégios do welfare state. Como? À custa de muitos impostos e de uns anos ainda a piorar (o que custou a reeleição ao governo que empreendeu as reformas...), mas hoje temos uma economia em plena forma, cujo exemplo mais proeminente é a Nokia que, de obscuro fabricante de cabos e pneus se transformou num colosso das comunicações móveis. Estarão os aburguesados europeus dispostos a pagar ainda mais impostos, e a aceitar que quantos mais pagarem, menos terão que pagar? Duvido. Em Portugal, tenho a certeza que não. É uma questão de mentalidades.
Por isso cada vez menos acredito na Europa. Pode ser que me engane, mas acho que a UE, tal como a conhecemos não vai resistir mais de 10 anos. Depois? Bem, depois se verá.
E a grande questão é: que modelo para o futuro da Europa? O modelo desregulador e liberal defendido pelo Reino Unido, e seguido pela maioria dos jovens lobos de leste, que aproveitam da melhor maneira a infra-estrutura deixada pelos antigos regimes, ou o modelo de welfare state defendido por Alemanha e França, sobretudo esta última, grande beneficiária desse sorvedouro de dinheiro chamado PAC?
A mim, pessoalmente, agrada-me mais o segundo modelo. A questão é que, neste momento, não o creio sustentável num mundo cada vez mais globalizado e, por isso, competitivo. Creio, por isso, que a abordagem britânica é, hoje por hoje, a mais realista. Se não se tomarem medidas radicais rapidamente, daqui a uns anos nós, europeus, seremos como os aristocratas falidos: sem cheta e a viver das glórias do passado, enquanto os outros se movem rapidamente. A questão é que essa revolução vai doer e, ao princípio, as coisas vão piorar, antes de começarem a melhorar. Conseguirão os aburguesados europeus suportar tais políticas? Pode ser, mas duvido...
Uma hipótese seria o modelo finlandês: com a economia em colapso (creio ter ouvido nesta reportagem que a contracção chegou aos 10% mensais!!), a solução consistiu em liberalizar a economia, mantendo, no entanto, grande parte dos privilégios do welfare state. Como? À custa de muitos impostos e de uns anos ainda a piorar (o que custou a reeleição ao governo que empreendeu as reformas...), mas hoje temos uma economia em plena forma, cujo exemplo mais proeminente é a Nokia que, de obscuro fabricante de cabos e pneus se transformou num colosso das comunicações móveis. Estarão os aburguesados europeus dispostos a pagar ainda mais impostos, e a aceitar que quantos mais pagarem, menos terão que pagar? Duvido. Em Portugal, tenho a certeza que não. É uma questão de mentalidades.
Por isso cada vez menos acredito na Europa. Pode ser que me engane, mas acho que a UE, tal como a conhecemos não vai resistir mais de 10 anos. Depois? Bem, depois se verá.