TASCA DA ESTAÇÃO

24.6.05

A "gaffe" da ministra

Quem vai para o Governo sabe ao que vai, digo eu. Sabe, por exemplo, que tem que lidar diariamente com a pressão dos media. E, mais uma vez digo eu, antes de aceitar o convite para integrar o elenco governativo, qualquer pessoa deve pensar muito bem se está disposta, e é capaz, de lidar com essa pressão.

Pois parece que a nossa ministra da Educação, ou não pensou, ou pensou que aguentava e está a dar-se mal. Atrapalhou-se, meteu os pés pelas mãos, balbuciou qualquer coisa, e saiu uma enorme alarvidade. Quem ouviu as declarações percebe que, de facto, as mesmas resultam de uma enorme atrapalhação. Mas, ficou dito. E registado. E dizer que as decisões dos tribunais açoreanos não respeitam a República Portuguesa é uma alarvidade descomunal.

Depois veio dizer que disse o que disse sob pressão. Pois disse. E voltamos ao primeiro parágrafo. Não vamos crucificar já a senhora (o apelo da corporação dos juízes reclamando a intervenção do Presidente é ridículo), mas ou começa a aguentar a pressão ou o melhor é ir-se embora para tarefa mais recatada.

Andamos com azar com as ministras da educação...