A coerência de mister Ronald

Quando as papoilas saltitantes andavam na mó de baixo, o que nem foi há tanto tempo quanto isso, apenas dois meses, o seu treinador, com aquele arzinho de saloiinho coradinho que tanto o caracteriza, logo se apressou a vir a terreiro dizer que se passavam coisas muito estranhas no futebol português, referindo-se a arbitragens de jogos que o seu clube não ganhou. Fez isso duas ou três vezes, que eu tenha visto ou lido. Agora que os papagaios andam a ganhar jogos, a atitude mudou: de queixinhas passou a sobranceiro: os outros é que se queixam, e só se queixam quando não ganham, tinham mais era que jogar à bola. Será porventura assim. Mas já diz o ditado: quem tem telhados de vidro não atira pedras. Porque, se Cristo descer à terra hoje e o Sporting ganhar na Luz, aposto o jackpot do Euromilhões em como o bom do Ronald não se vai ficar.