TASCA DA ESTAÇÃO

30.8.05

Light Beach Posts - XX e último

Está a acabar. Com um levante que faz belas ondas e aquece ainda mais a água. Um final em beleza. As próximas postas serão já publicadas em Lisboa. Ainda cá ficava mais uns diazitos, que diabo...

29.8.05

Light Beach Posts - XIX

Uma otite tenta estragar-me as férias. A Dra. Joanna, que por sinal até é gira, receitou-me nada menos que 4 medicamentos de uma só vez. Pareço um velho. Ela não o disse, mas o meu senso comum diz-me que devia deixar de beber e de tomar banhos de mar até ao fim das férias. Obviamente, recuso-me. Quanto muito, modero. E quando chegar a Lisboa vou a um otorrino.

Light Beach Posts - XVIII

Ao fim de dez anos rendi-me aos sapatos do peixe-aranha, aquelas coisas apaneleiradas que protegem os incautos das picadas daquele adorável peixinho por alturas da maré baixa. Depois de um amigo ter visto um puto aos berros lancinantes, e de ter contado como, também ele um resistente, foi de imediato comprar os ditos sapatinhos, achei por bem não continuar a desafiar a sorte. Definitivamente, a idade faz-nos amolecer. Só me falta deixar o english breakfast só porque é demasiado gorduroso.

Light Beach Posts - XVII

É o ano dos biquinis. Magras, gordas, novas, velhas, tudo mostra as curvas, mais ou menos pronunciadas. Pela parte que me toca, acho bem.

24.8.05

Light Beach Posts - XVI

O país continua a arder. E o povo continua a lançar foguetes em zonas classificadas como estando em risco máximo de incêndio. O país arde, mas a nossa festazinha de verão está acima de tudo não é? E ainda tem a lata suprema, num alarde supremo de obscenidade, de requisitar a presença de carros de bombeiros na altura da largada dos foguetes. Que, e isso bastaria, é proibida por lei nesta época. Deixo aqui uma sugestão: se as autoridades não estão para fazer cumprir a lei, nem que seja à força (como era sua obrigação), ao menos que informem as comissões de festas e respectivos autarcas de que, caso o lançamento dos foguetes resulte em fogo, a povoação onde eles foram lançados não terá um único bombeiro a defendê-la. E que, se não ficarem esturricados, serão perseguidos criminalmente a seguir. Pode ser que assim o chamado povo aprenda. O povo é quem mais ordena, não é? Pois, mas há limites. Sob pena de isto, que já é um regabofe, se tornar de vez numa anarquia.

Light Beach Posts - XV

O país continua a arder. E, claro, a culpa é do Governo, pelo menos a acreditar na oposição. Ora pergunto eu como é que um Governo que toma posse em Março pode fazer o que quer que seja em matéria de prevenção? Não que eu creia que o venha a fazer: aposto um jantar no Carlton Valle Flor em como para o ano vai estar tudo na mesma, e a área ardida dependerá apenas da sorte, do vento e do tempo, que não de algum trabalho preventivo no terreno. É sempre assim, independentemente de quem nos governa. O que detesto é este aproveitamento demagógico e ? por maioria de razão ? rasca que a nossa classe política faz desta desgraça colectiva. Ao PSD lembro que, em 2003 estavam no poder há mais ou menos o mesmo tempo que o PS este ano: a área então ardida foi muitíssimo maior. Portanto, se a culpa do fogo é de quem está no Governo, como apregoam, mais vale estarem calados. Idem para o CDS. Quanto ao BE, que pela voz de Ana Drago acusou este governo de nada ter feito ao nível de prevenção, lamento que apenas tragam lufadas de ar pesado à nossa política: para quem pretende ser diferente, a ladainha é lamentavelmente igual à dos partidos mais antigos. Poupo, desta vez, o PCP por ter usado um tom surpreendentemente mais moderado.

Light Beach Posts - XIV

Há na Praia da Luz um café-restaurante sobre a areia, sucedâneo de um mamarracho com dois pisos. Acontece que, no tempo do mamarracho, podia-se lá ir para beber umas imperiais a qualquer hora. Agora, com o novo estabelecimento, em madeira e só com um piso, a partir das 18h é só para jantares. As imperiais têm que ser bebidas já fora da praia. Isto revela bem a nossa irresistível tendência para lamber o traseiro de tudo quanto fale estrangeiro: é que não conheço portugueses que jantem às 18h. Em Espanha, aqui ao lado, se o turista quer jantar, janta às horas dos espanhóis, que são um exagero de tarde. Por cá, se o camone quiser jantar às 6 da tarde, pois com certeza, que os hábitos nativos para mais nada servem senão para ser alterados em função dos ritmos de vida dos camones. Em Roma sê romano, diz o povo. Ditado que, visivelmente, é desconhecido aqui no Al Gharb.

23.8.05

Light Beach Posts - XIII

A água continua inacreditavelmente quente.

Light Beach Posts - XII

Peguei no carro pela última vez faz hoje uma semana.

20.8.05

Light Beach Posts ? XI

Os lampiões mais alarves ? aí uns 5,9 milhões ? devem estar a grunhir de contentamento com o epílogo do ?caso Miguel?. Não me refiro à vertente financeira, inegavelmente um bom negócio, mas sim à rábula do Perdoa-me, que culminou com aquele a todos os títulos lamentável comunicado, embora não lido em pleno estádio da Luz. Pela parte do presidente do glorioso, esta foi mais uma prova de como funciona aquela cabecinha: aquela intransigência em humilhar o jogador é própria de gente pequenina, muito pequenina ? os tais 5,9 milhões, afinal. Quanto ao Miguel, ficou provado que a sua coluna vertebral, a existir, é, quanto muito, de silicone. No final disto tudo, ninguém fica bem na fotografia. Embora todos achem que sim.

Light Beach Posts ? X

Polga afastado por indisciplina, Ricardo a dar monumentais perus, Douala inconsequente, centrais ? chamem-se Hugo ou Tonel - a entregar o ouro ao bandido, Liedson apostado em não fazer nada. Onde é que eu já vi isto? Prevejo uma época, no mínimo, penosa.

Light Beach Posts ? IX

Uma ida à Rocha Negra permitiu-me desfrutar do panorama que se desenvolve da Luz para ocidente. E o que se vê é deprimente: há 10 anos, a Luz era um paraíso. Hoje, embora o núcleo da vila ? com todas aquelas vivendas dispostas de uma forma irrepreensível(*), abrigadas do vento norte e, embora dando a aparência de aldeia de macacos, assegurando uma privacidade quase absoluta ? esteja intacto, em redor, estendendo-se para o Burgau e quase chegando à Salema, vai um corrupio de aldeamentos, empreendimentos, casas, casas, casas, cuja proliferação rapidamente irá dar cabo disto tudo. Sim, o Algarve que durante anos acabava em Lagos, está a chegar aqui. Já nem a água, habitualmente gelada nem a nortada persistente chegam para travar a voragem dos promotores imobiliários, com o conluio dessa nefasta conquista de Abril chamada Poder Local. Vai sendo tempo de começar a pensar em alternativas.

(*) a concepção é inglesa, daí o facto de a coisa estar bem pensada e bem executada.

Light Beach Posts ?VIII

Água boa, mar chão e água transparente é uma combinação que só raramente se produz. Em 10 anos de Praia da Luz é a segunda vez que vejo acontecer.

18.8.05

Light Beach Posts ?VII

Ecoponto de férias

Light Beach Posts ?VI

Algum inteligente se lembrou de pôr o Douala a jogar contra a Udinese. Não só o desempenho do rapaz foi nulo como lhe incutiu um repentino desejo de ficar no Sporting, por já não poder jogar na UEFA por nenhum outro clube esta temporada. Entretanto, o Sporting que, como se sabe, nada em dinheiro, prepara-se para perder uma oferta de 6 ou 8 milhões por um jogador que nem 20% disso vale. Juro que se a coisa acabar como prevejo eu, como accionista da SAD, hei-de pedir explicações ao Dr. Dias da Cunha.

Light Beach Posts ? V

Ao glorioso ainda não chegou o ponta-de-lança. Desde o Tomasson que tem sido sempre a descer. Cá para mim vem aí outro Tote, apresentado também ele como primeiríssima escolha, que os nórdicos são por hábito, e como tão bem se sabe, rapazes altos, loiros e toscos. Entretanto, se o Miguel pedir desculpas pode ir para o Valência por 8 milhões. Bom negócio este: o rapaz pede desculpas por aquela cabecinha só servir para usar bonés e o clube, com quem ele já rescindiu unilateralmente (detalhe de somenos...), num gesto de infinita magnanimidade, deixa-o ir... a troco de uma data de massa. Só falta mesmo o Miguel ir ao centro do relvado da Luz e, em cena digna do Perdoa-me, pedir perdão a 65 mil papagaios. Aguardemos o final do filme.

Light Beach Posts ? IV

A água continua surpreendentemente boa, e com uma transparência notável. Há bastantes anos que não tomava banhos tão prolongados aqui. Longe daqui, o país arde, como habitualmente, quer haja políticos no terreno quer os mesmos políticos estejam a banhos ou em safaris.

16.8.05

Light Beach Posts ? III

A água tem estado óptima, dizem-me. Hoje pude confirmá-lo. Mas, claro!, cheguei eu e logo a nortada tratou de se instalar em força. Ou muito me engano ou amanhã a água estará um gelo. Também tenho a sensação de que as noites óptimas (ontem foi uma delas) já passaram à história. Acho melhor sair de sweat.

Light Beach Posts ? II

Sempre gostava de saber que curto-circuito se produz no cérebro dos ingleses mal eles pisam território continental. Não há povo na Europa que se comporte de maneira mais selvagem e arrogante que aquelas criaturas com ar de lagosta suada que povoam as nossas praias. Principalmente à noitinha, já a transbordar de cerveja. Se isto fosse um país decente, logo apareceria a polícia para lhes dar umas traulitadas, para ver se começavam a portar-se como gente civilizada. Mas como não passamos de um país de lambe-botas, preferimos abrir as pernas a ingleses de quinta categoria e tratá-los como se de gente se tratasse.

Light Beach Posts ? I

Sair de Lisboa às 7 da tarde é estrategicamente irrepreensível. Às 9 em ponto já estávamos em Lagoa, no Sr. Borges, deliciando-nos com cadelinhas, amêijoas, choquinhos en su tinta, acompanhados com as correspondentes imperiais e aquele pão torrado.

15.8.05

Desabafo de um ingénuo

Votei no PS. Em parte porque me recusava a ter o Santana Lopes mais tempo como Primeiro-Ministro, em parte porque a coisa tinha descido tão baixo que eu, ingénuo, acreditava que só podia melhorar (desde que, claro, o Santana Lopes desaparecesse de cena). Assumi a responsabilidade e, também, ajudei a pôr nas mãos do PS a responsabilidade de conduzir o país. Depois de um começo prometedor, tudo descambou nos últimos tempos: a rábula da demissão de Campos e Cunha (com o que se vai sabendo que esteve por trás), o anúncio de obras mirabolantes como Ota e TGV, a pouca-vergonha da Caixa, os jobs para os vorazes boys do PS. No meio disto tudo, o facto de Sócrates estar de férias no Quénia enquanto o país arde é um pormenor de somenos - até porque se ele cá estivesse arderia exactamente a mesmíssima coisa -, um mero fait-divers a que aquela caricatura de oposição chamada PSD, à falta de melhores ideias, se agarra com quantas forças tem, em tempo de silly season. Grave é o aparelho do PS estar a tomar conta de tudo, com cada boy tentando assegurar o seu futuro sem se preocupar um segundo que seja com o futuro do país. Pensei que Sócrates tivesse forças para controlar o aparelho, para inverter 30 anos de uma tendência clientelar sempre em sentido ascendente: obviamente, enganei-me redondamente.

Em conclusão, perdi a confiança neste governo. Como também não a tenho na oposição. Aliás, qual oposição? Não existe oposição. Agora, faço parte dos críticos. É a vantagem de quem pensa pela própria cabeça: como os lá pus em 2005, com eles correrei em 2009, se a coisa continuar por este caminho. Ao menos, que mudem as moscas!

Não bastava?

Não bastava aquele jogo de merda com a Udinese (cabrões de italianos, sempre a mesma coisa!), agora é o Deivid (raio de nome!), que até parece bom jogador, a dizer que tem saudades e que quer ir embora? Não nos bastava ter o Peseiro, o Polga, o Ricardo e o Paíto? Não nos bastava ter o Dias da Cunha a presidente e o Dias Ferreira candidato a presidente? Não nos bastava ter os bancos a mandar no clube e na SAD? Que mais nos irá acontecer?

Uma questão de fé

Depois do Live8, tornei-me um homem de fé. Depois de testemunhar, via TV, o milagre da reunião dos Pink Floyd, passei a acreditar com todas as minhas forças que os eles vão voltar a reunir-se e que farão uma tournée com passagem por Portugal. Nessa altura, farei o que me recusei a fazer com os U2: passar quantas noites forem precisas ao relento para conseguir um bilhete.

14.8.05

A dependência

O que faz um gajo quando a motherboard do computador dá o berro? Depois de praguejar e entrar em completo stress, ou arranja alguém entendido na matéria ou, para ser curto e grosso, está fodido. Felizmente para mim, tenho um colega que percebe disto. Graças a ele, a Tasca pôde reabrir depois de umas férias forçadas (antes das verdadeiras, que começam amanhã). No meio disto tudo, não perdi nada e, com algum trabalho, recuperei e-mails antigos e repus templates e configurações. Agora, tenho uma placa GeForce 4 com 64 MB para vender (a nova board traz placa integrada e não alimenta convenientemente a GeForce). Algum pato interessado?

Moral da história: quando ficamos sem ele é que nos apercebemos de como dependemos do computador nos dias que correm.

2.8.05

Os feiticeiros e os aprendizes

Avião acidentado em Toronto.

CNN, Sky News e BBC World, obviamente em cima do acontecimento, com "Breakink News" em grandes caracteres no écrã.

Neste cantinho à beira-mar plantado, SIC Notícias e RTPN continuam na paz do senhor.

É a diferença. Por isso, só as primeiras merecem o link.

Um dia aziago para Pires de Lima

Rapidamente:
  1. Soares vai a Belém falar com Sampaio
  2. Logo salta o inefável Pires de Lima, avisando o nosso querido presidente de que o malandro do "bochechas" o andava a manipular;
  3. Manuel Alegre achou tudo normal;
  4. Andávamos nisto quando se sabe que, nessa mesma manhã, antes da audiência de Soares, o PR recebeu... Cavaco!!
  5. Nesta altura eu pagava para ter visto o a cara do inefável Pires de Lima , pois deve ter sido digna de foto ganhadora do World Press Photo;
Pires de Lima é o exemplo típico dos políticos da nova geração. Toscos, atabalhoados, maus demais para serem verdade. Realmente, perante este panorama (acabo de ler a entrevista de Santana Lopes à Única e não sei se ria, se chore), mais vale escolher entre Cavaco e Soares.

Um democrata

(mas isso já toda a gente o sabia)

Bush nomeia embaixador dos EUA na ONU por decreto

1.8.05

Descubra as diferenças












(não vale referir os tamanhos da imagem; também era melhor que eu me desse ao trabalho de as pôr iguais, não?)

Isso: dêem-lhes ideias!

Solução para os terrenos da Portela, sugestão do Blasfémias:

Quando a Portela for desactivada, os terrenos poderão servir para a construção da aldeia olímpica.

Depois não se queixem se eles vos ouvirem, está bem? É que ele há coisas que nem por brincadeira devemos dizer...