TASCA DA ESTAÇÃO

31.12.05

Play it again, Sam

A frase nunca dita no Casablanca, coisa que ontem, ao fim de 37 anos e alguns meses de vida, pude finalmente confirmar. Sim, eu sei, como é possível tamanha incultura? Eu, ex-inculto, me penitencio por ter vivido tanto tempo na ignorância. Não tenho um "filme da minha vida". Tenho vários, um top, por assim dizer. Casablanca, escusado será dizer, teve entrada directa.

Bom ano de 2006 para todos os clientes desta Tasca.

29.12.05

Posts de Natal - X

Duas coisas que há muito não fazia:
  • Interromper as férias para ir trabalhar, ainda que só um dia;
  • NÃO IR À TASCA DA ESTAÇÃO COMER UMA SANDES DE BACALHAU

A primeira ainda vá, agora a segunda é deprimente.

Posts de Natal - IX

Caneira, Romagnoli e Abel. Quem é o Abel? Só ouvi dizer que o Wender ia recambiado para Braga, de onde nunca devia ter saído (obrigado, Peseiro, por mais esta).

Acho que vamos ficar mais fortes.

Dos reforços trazidos pelo Peseiro, o Wender, o Edson e o Silva nem aqueceram o lugar e já estão de saída. Peseiro, Paulo de Andrade e Dias da Cunha são os grandes responsáveis por esta revolução de inverno, que não deve sair barata. Felizmente, já fazem todos parte do passado.

27.12.05

Posts de Natal - VIII

Anda por aí um vírus, vindo de Lisboa, que já fez aí umas 15 vítimas, de netos a avós, passando pelos pais. A noite passada foi, no mínimo, caótica, e não fui exactamente eu quem a passou a vomitar. Mas, pela sensação que trago no estômago, creio que sou o próximo. Não foi para isto que vim de férias.

26.12.05

Posts de Natal - VII

26 DEZ 2004 - 26 DEZ 2005

Posts de Natal - VI

Conduzir bêbado não tem desculpa. Ainda menos quando se trata de um profissional. Pior ainda (se é possível...) quando se conduz um autocarro com 50 e tal pessoas. O que sucedeu na Madeira foi homicídio, perpetrado por um assassino que se resolveu embebedar antes de pegar num autocarro e fazê-lo tombar sobre um muro de pedra, matando 5 pessoas.

Num país como o nosso, o mais certo é a criatura ser condenada com uma qualquer pena suspensa. Num país decente, ia 25 anos dentro, para servir de exemplo.

É que azares acontecem. Mas 2,89 g/l de álcool no sangue não é azar. É altura de as pessoas começarem a assumir a responsabilidade pelos actos que cometem.

Posts de Natal - V

Definitivamente, o Natal já não é o que era. Este ano choveu, a temperatura era relativamente amena, nem pus os pés no madeiro, as putas das criancinhas excitadas com as 300 mil toneladas de brinquedos que receberam, 299.999,999 das quais não terão qualquer utilidade futura que não amontoarem-se num qualquer saco de brinquedos lá de casa até chegar a hora de serem dadas a outro ou deitadas para o lixo, amigos nem vê-los, procurar um tasco aberto para beber uns copos já nem passa pela cabeça, estou no Fundão há 3 dias e ainda não vi ninguém, tirando as pessoas com quem passei o Natal.

Ainda por cima, esta merda passa num instante: andamos meses a pensar no Natal, a stressar com as compras, a lista de compras, os nomes esquecidos e que a vão engrossando quando pensamos tê-la sob controlo, o dinheiro que se gasta em inutilidades, e, um dia, chega o 24, janta-se, abrem-se os presentes, no dia seguinte almoça-se e pronto, já está, para o ano há mais.

Tanto trabalho para isto?

24.12.05

Posts de Natal - IV



O Tuga é assim. Não há nada a fazer.

Posts de Natal - III

Ainda a propósito do Expresso, a bomba inteligente diz que não vê o Marilyn Manson a contribuir para nenhuma causa, ao contrário do Bono ou do Bill Gates.

Também nem tanto. O homem acaba de se casar, por amor de Deus. Não lhe basta assumir publicamente que está a ficar mole, agora ainda tinha que se pôr a distribuir o dinheiro dele pelas criancinhas de África ou a obrigar os países desenvolvidos a branquear os desmandos dos ditadores Africanos, perdoando-lhes hoje a dívida externa para daqui a 20 anos outro Bono - ou o mesmo - lhes estar a pedir a mesma coisa?

Deixem o Manson fazer o que melhor sabe: música.

Posts de Natal - II

Na revista do Expresso (não sei porque lhe passaram a chamar "Única" se todos lhe continuamos a chamar "Revista" - "olha, passa-me aí a revista do Expresso, que quero ir à casa de banho"), a propósito de uma petição qualquer, diz-se que a mesma já conta com não-sei-quantas assinaturas, de "professores, realizadores, estudantes, arquitectos ou anónimos".

Portanto, no cérebro da escriba, quem não for professor, realizador, estudante ou arquitecto, é um simples "anónimo". Estamos sempre a aprender com criaturas destas.

Um filantropo qualquer devia oferecer-lhe um dicionário pelo Natal.

Posts de Natal - I

Detesto Natais com chuva. Natal é frio e seco, não com chuva que ainda deixa o madeiro mais pífio que habitualmente e que gera humidade que se entranha até aos ossos. Se a água quer cair do céu no Natal, que o faça sob a forma de neve. Isto devia ser publicado em Diário da República. Aliás, eu votaria num candidato presidencial que proibisse formalmente a chuva no Natal. O Manuel Alegre, em vez de dizer asneiras como a de dissolver o Parlamento caso este votasse a privatização das águas, bem podia lembrar-se disto.

20.12.05

C******s me f***m

No dia em que não vou a Alvalade é que aqueles gajos resolvem ter a vitória mais robusta da época (um esmagador três-a-zero!!!).

É preciso ter galo! Foda-se!

A água

O candidato Manuel Alegre diz e repete que, caso seja eleito presidente, dissolverá toda e qualquer Assembleia que suporte Governo que queira privatizar a água.

Com franqueza, já não há paciência para este discurso de "cuidado, vêm aí os papões dos privados a querer roubar um bem precioso e que pertence a todos". Pois pertence. No entanto, pequeno pormenor: a água, para ser bebida e utilizada tem que ser captada, tratada, distribuída. As águas residuais idem. E, para isso, é preciso dinheiro, muito dinheiro. E competências próprias. Que, está demonstrado, o Estado não tem. Nem um nem outras.

Desmistifiquemos pois a questão: não há privatização "da água". Há, sim, privatização das concessionárias, as quais não são propriamente donas da água. São, isso sim, donas das infra-estruturas. Mas (mais um pequeno detalhe) a concessão rege-se por um contrato. Com obrigações de ambas as partes. E que pode ser denunciado, por exemplo, no caso de incumprimento por parte da concessionária.

(outro detalhe: os privados não são, ao contrário do que certa esquerda quer fazer ver, um bando de malfeitores. Os privados criam riqueza, emprego, movem a economia. Têm fins lucrativos? Ah, pois, os malandros, só pensam em ganhar dinheiro. Poupem-me...)

De resto, e voltando ao tema do post, o actual modelo das Águas de Portugal, com empresas multimunicipais participadas a 51% pela holding AdP e a 49% pelos municípios, está a falhar em (mais um) pequeno pormenor: os municípios podem ter-se livrado da chatice que é tratar da água (potável e residual), para os quais não tinham um mínimo de competências (salvo raras excepções), mas cabe-lhes na mesma entrar com boa parte da massa. Como está bom de ver, desse pormenor (pequeno, como todos os aqui elencados) os municípios esquecem-se com facilidade. Em resultado, as empresas multimunicipais estão asfixiadas: as câmaras não pagam e a solução é o endividamento junto da banca. O caso da SimTejo (que inclui os municípios de Lisboa e Loures) é o mais evidente, desde que Santana Lopes embirrou que não pagava. Esta semana, no Jornal do Fundão, são as Águas do Zêzere e Côa que se queixam que ainda não viram um tusto das câmaras.

Estão a ver o problema? Quer-se a água pública, com infra-estruturas topo-de-gama e uma cobertura de nível europeu, mas ninguém quer pagar, ou tem dinheiro para pagar a sua operação e manutenção (já que a construção é, para nossa sorte, comparticipada pelo Fundo de Coesão). Fique a água nas mãos do Estado e daqui a uns anos teremos um monte de infra-estruturas a funcionar mal (ou a não funcionar de todo), água de má qualidade, um serviço deplorável, perdas da ordem dos 80 ou 90%. Tudo por falta de dinheiro.

Entretanto, em todo o mundo, os sistemas de tratamento e distribuição de água são concessionados (não vendidos: con-ces-sio-na-dos) a privados. Que se responsabilizam pela construção, operação e manutenção das infra-estruturas, recebendo o correspondente pagamento em troca. E, que se saiba, não há nenhum povo cuja água é gerida pelos malandros dos privados a morrer de sede. Pelo contrário, são os privados quem consegue garantir as condições para fazer chegar água potável a milhões de pessoas que, de outro modo, continuariam a beber água contaminada e a morrer de uma série de doenças daí resultantes, pois os governos desses países não teriam qualquer capacidade de construir as infra-estruturas necessárias. Claro, depois lá vêm os alarves anti-globalização dizer que os malandros dos privados andam a cobrar dinheiro aos pobres dos índios chiapas ou o raio que os parta. Se calhar é melhor deixá-los morrer periodicamente de surtos de cólera e afins, não? Sempre se faz algum controlo populacional...

É que água de borla não há, ou alguém ainda duvida disso?

19.12.05

Vergonha

Ouço agora na rádio que Bush considera "uma vergonha" a fuga de informação que revelou a existência de milhares de escutas secretas, efectuadas sem mandato judicial.

Tem piada. Para mim, vergonha é a administração americana se comportar como qualquer ditadura latino-americana. Vergonha é esta administração fazer tábua-rasa de um Estado de Direito como a América. Vergonha é a América ser governada por um atrasado mental, perigoso ainda por cima.

13.12.05

Se

Se a linha do Norte tivesse sido devidamente modernizada, o Alfa Pendular deslocar-se-ia a 220 km/h durante todo o trajecto e não durante meia dúzia de quilómetros, a viagem Lisboa-Porto far-se-ia em duas horas nas calmas, e o TGV (que demorará hora e meia e cujo bilhete custará o dobro) não seria preciso para nada.

Eu não queria falar de bola

Mas ao ler a comunicação social, prevejo que a lagartage não tenha equipa em Janeiro, pois já ouvi ou li que vão sair:
  • Edson
  • Rogério
  • Beto
  • Deivid
  • Pinilla
  • Silva
  • Wender
  • Semedo
Ou seja, saem dois laterais, como se os tivéssemos em excesso. Continuando, Edson foi contratado há 6 meses, Deivid idem, Wender nem isso, Silva foi mandado regressar. Entretanto, o Carlos Martins faz jogo e meio entre lesões, o Liedson faz merda atrás de merda, mas fica, por muita merda que faça, e vai fazer, creiam-me, o Douala idem, e quanto a contratações (UM PLAYMAKER, POR TUDO QUANTO HÁ DE MAIS SAGRADO!!) nicles. A SAD estuda atentamente o mercado. Normalmente isso significa ir contratar um coxo qualquer sob o rótulo de estrela cintilante, vendido como tal e com preço a condizer, por um qualquer empresário minimamente espertalhão.

... (suspiro!)...

Um post de rissóis

Foi preciso vir ao Porto para encontrar rissóis melhores que os que as Duas Amazonas tinham nos idos de 80/90, e que serviam como uma excelente desculpa para nos desenfiarmos do Técnico e emborcar umas valentes canecas, actividade que - convenhamos - sempre é mais interessante que estudar Fenómenos de Transferência ou Catálise.

Onde? No Capa Negra. Simplesmente fantásticos.

11.12.05

Não quero falar de bola

Bem me basta ir a Alvalade ver aqueles tipos a jogar, entre aspas, num exercício de masoquismo que desafia qualquer bom senso.

Já agora, que mais terá Liedson que fazer para ser vendido? Não bastaram as atitudes que teve nas vésperas dos dois jogos com o Benfica na época passada? Não bastam os dois penalties displicentemente falhados esta época, mais aquele com o Nacional, na miserável última jornada da época passada? Não basta a sua atitude dentro de campo? Ou nos treinos? Corram-me com o homem, que já não o posso ver nem pintado!

Pronto, acabei por falar de bola. Merda para isto!

A velha Europa

Acabo de ver magnífica reportagem na BBC World sobre a Europa e as visões diametralmente opostas que Reino Unido e França têm relativamente ao seu futuro. Realizada por britânicos, era indisfarçável o puxar a brasa à respectiva sardinha, o que, apesar disso, não retirava qualidade ao produto final.

E a grande questão é: que modelo para o futuro da Europa? O modelo desregulador e liberal defendido pelo Reino Unido, e seguido pela maioria dos jovens lobos de leste, que aproveitam da melhor maneira a infra-estrutura deixada pelos antigos regimes, ou o modelo de welfare state defendido por Alemanha e França, sobretudo esta última, grande beneficiária desse sorvedouro de dinheiro chamado PAC?

A mim, pessoalmente, agrada-me mais o segundo modelo. A questão é que, neste momento, não o creio sustentável num mundo cada vez mais globalizado e, por isso, competitivo. Creio, por isso, que a abordagem britânica é, hoje por hoje, a mais realista. Se não se tomarem medidas radicais rapidamente, daqui a uns anos nós, europeus, seremos como os aristocratas falidos: sem cheta e a viver das glórias do passado, enquanto os outros se movem rapidamente. A questão é que essa revolução vai doer e, ao princípio, as coisas vão piorar, antes de começarem a melhorar. Conseguirão os aburguesados europeus suportar tais políticas? Pode ser, mas duvido...

Uma hipótese seria o modelo finlandês: com a economia em colapso (creio ter ouvido nesta reportagem que a contracção chegou aos 10% mensais!!), a solução consistiu em liberalizar a economia, mantendo, no entanto, grande parte dos privilégios do welfare state. Como? À custa de muitos impostos e de uns anos ainda a piorar (o que custou a reeleição ao governo que empreendeu as reformas...), mas hoje temos uma economia em plena forma, cujo exemplo mais proeminente é a Nokia que, de obscuro fabricante de cabos e pneus se transformou num colosso das comunicações móveis. Estarão os aburguesados europeus dispostos a pagar ainda mais impostos, e a aceitar que quantos mais pagarem, menos terão que pagar? Duvido. Em Portugal, tenho a certeza que não. É uma questão de mentalidades.

Por isso cada vez menos acredito na Europa. Pode ser que me engane, mas acho que a UE, tal como a conhecemos não vai resistir mais de 10 anos. Depois? Bem, depois se verá.

Aventuras no reino de Nestum

Sindicato admite responsabilizar criminalmente ministro por morte de agente.

Lagos, 11 de Dezembro de 2005. Um grupo de assaltantes tenta roubar uma caixa Multibanco do Intermarché. A polícia aparece e persegue-os. Há uma troca de tiros. Um polícia morre.

Que há aqui de tão extraordinário? Àparte a tragédia pessoal, e essa diz respeito apenas aos mais próximos da vítima, nada. Ser polícia tem riscos, lida-se com criminosos de toda a espécie, incluindo aqueles que disparam a matar e, sendo assim, é obviamente mais provável morrer um polícia em serviço do um empregado de escritório.

Por isso, a reacção do Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP) é verdadeiramente espantosa. Mais: o seu delegado no Algarve terá proferido esta pérola: "Só começando a responsabilizar política e criminalmente os responsáveis políticos poderemos acabar ou fazer diminuir estas tragédias que ciclicamente ocorrem".

Portanto, para o SPP, o responsável último pela morte do agente foi o Ministro da Administração Interna. Ou seja, o MAI é responsável pelo comportamento dos criminosos deste país. Sugiro que o MAI indemnize as pessoas assaltadas, as instituições burladas, as famílias dos assassinados e que seja criminalmente responsabilizado pelos actos dos criminosos. Por mim, o Ministro da Administração Interna deverá ser imediatamente preso até ao final do mandato, altura em que será libertado, sendo então preso o seu sucessor. Sim, porque o ministro estará sempre a ser criminalmente responsabilizado pela morte de alguém, pelo que deverá exercer o seu mandato a partir do cárcere.

Estou sem palavras: que mais irão eles inventar?

Por este andar ainda vamos ter o Ministro da Defesa acusado de ser o responsável pela morte de soldados no Iraque ou Afeganistão. A menos que os movimentos associativos militares tenham, ao contrário do SPP, vergonha na cara e admitam que um militar em teatro de guerra (como um polícia numa perseguição) se arrisca a morrer.

6.12.05

Rosenrot

O mais recente álbum dos Rammstein. Obviamente, a não perder.

Firefox 1.5

Versão revista e melhorada do melhor browser do mercado. Dá dez a zero ao Explorer. E é gratuito, ainda por cima!

Download aqui.

A América sem perdão

João Pereira Coutinho escreveu há algumas semanas no Expresso qualquer coisa tipo "da América só se pode esperar o melhor". Não me lembro da frase exacta, mas o sentido era este, ou pelo menos eu assim o entendi.

Concordo. Por isso há coisas que não compreendo, não aceito e não perdoo:
  • Guantánamo: é inconcebível que um país que foi fundado com base nos valores da Liberdade se permita ter no seu território, há mais de quatro anos, prisioneiros sem culpa formada, aos quais se recusa aplicar a convenção de Genebra ou sequer a lei americana, sujeitos portanto ao livre-arbítrio dos seus carcereiros. Acusação: suspeitos de terrorismo. Suspeitos. Terão direito a um julgamento justo, como é exigível do Estado de Direito que são os EUA, ou assistiremos a uma farsa a lembrar os melhores tempos da China ou da URSS?
  • Iraque: é hoje consensual, excepto para os fanáticos mais irredutíveis, que a invasão do Iraque se baseou num monumental embuste chamado "Armas de Destruição Maciça"; é hoje claro que a Administração Bush não tinha qualquer estratégia para o pós-guerra, exceptuando propiciar negócios milionários para a Halliburton de Dick Cheney e afins. Depois de Saddam, ficou o caos, um país destruído e com tanto futuro para os seus habitantes como nos piores anos do regime antigo. E o Iraque transformado num atoleiro de onde os americanos querem sair o mais rapidamente possível, sem honra nem glória, deixando o país destruido e provavelmente debaixo de uma guerra civil.
  • Prisões secretas: ouvi hoje na rádio que Condoleezza Rice terá afirmado que as prisões secretas da CIA já não existem na Europa, tendo sido transferidas para países do norte de África. Ah, pronto!, estou mais tranquilo, foram para África, aquilo é só pretos e árabes. Prisões secretas? Que diabo leva a América a agir à margem de todo o Direito Internacional, já para não falar no do seu próprio país, com práticas dignas de qualquer Coreia do Norte ou Turquemenistão? Foi você que disse "Arquipélago de Gulag"?
F.D.Roosevelt e Abe Lincoln, só para citar dois ilustres presidentes americanos, devem estar às voltas na tumba à pala desta clique de malfeitores que tomou conta do seu país. A América merece melhor. Sem sombra de dúvidas.

O poder do Capital

No caso, da Volkswagen. Os trabalhadores da AutoEuropa sabem que o seu finca-pé é infrutífero. Para bem deles, é bom que o saibam. É que a diferença de poder negocial faz deles uns David's ao pé do Golias, e neste caso o David não tem hipótese. É simples: a capacidade produtiva instalada da VW é hoje em dia excessiva, e por isso há fábricas que serão encerradas. A AutoEuropa tem neste momento garantida a produção do Cabrio. Ora, tal é insuficiente para manter a fábrica tal como ela é hoje: a AutoEuropa tem que ganhar a produção de outro modelo. E ganhar um modelo num construtor com capacidade de produção excedentária torna-se uma guerra de vida ou de morte entre as várias fábricas. Se a isto tudo somarmos o facto de a AutoEuropa representar um terço das nossas exportações, a conclusão disto tudo é simples: os trabalhadores terão que ceder mais uma vez, pois sabem que, se não o fizerem, arriscam o desemprego a curto ou médio prazo. Para a VW é igual: algumas fábricas irão fechar e só as mais competitivas sobreviverão.

Insosso

Ou insonso, para irritar a minha mãe. O debate Alegre-Cavaco, nas palavras de Jerónimo de Sousa. Não vi, tenho filha pequena, logo, as prioridades são outras. Pelos vistos, não perdi grande coisa. Continuo sem saber em quem votar, o que se está a tornar recorrente.

Despacho é...

Chegar ao dia 5 de Dezembro e ter as compras de Natal já todas feitas.