TASCA DA ESTAÇÃO

24.2.06

Diferenças

Ouvir "The Sign of the Cross" ou "The Clansman" pela voz desse erro de casting chamado Blaze Bayley é uma coisa. Outra, completamente diferente, é ouvir as mesmas músicas cantadas pelo Bruce Dickinson. Uma boa voz dá, de facto, outra dimensão a uma música. E a voz de Dickinson é simplesmente excepcional. Os anos não lhe pesam, e nós estamos cá para apreciar isso mesmo. Já agora, não era de bom tom trazer os Iron Maiden ao Rock in Rio, eles que já várias vezes foram ao original, em vez dos comatosos Guns'n'Roses?

23.2.06

Questões de cobrição

Se a venda do Alvaláxia, Holmes Place, Clínica CUF e Ed. Visconde de Alvalade servem para cobrir o défice de tesouraria deste ano (16 ou 17 M?), pergunto eu como irá a lagartage cobrir o próximo. Deve ser com um dos bois do compadre Saturnino...

Desinspiração

Ando desinspirado para escrever nesta coisa. Mas pior que isso foi ver as papoilas saltitantes ganhar ao Liverpool.

15.2.06

Juro que nunca mais chamo parolo ao Cavaco!!!


Grande plano das botas que George W. Bush usou num jantar formal que decorreu ontem à noite na Casa Branca. No cano da bota está gravada uma imagem do estado norte-americano do Texas, preenchida com as cores da bandeira dos Estados Unidos. Foto: Gerald Herbert/AP

13.2.06

Perguntas

Alguém se sente confortável perante a possibilidade de o Irão ter armas nucleares? Ou tão ou menos desconfortável do que perante o facto de os EUA, a Grã-Bretanha ou a França as terem?

Alguém imagina a possibilidade de haver manifestações pró-cartoons, levadas a cabo por europeus, na Síria, Irão, Gaza ou outro país árabe qualquer, à semelhança das manifestações anti-cartoons levadas efectivamente a cabo por muçulmanos em Paris e Londres?

Estão a ver a diferença ou é preciso fazer um... cartoon?

P.S.: Israel tem a bomba. Se Israel (e se Israel tem as mãos sujas de sangue!) fosse um regime do tipo iraniano, mal esse inenarrável Ahmaninejad tivesse negado pela primeira vez o Holocausto estava a comer com bombas antónias em cima.

12.2.06

Is that you, John Wayne?

Sexta-feira dei comigo a ver um western, na RTP Memória, no caso, "A Desaparecida". Já não via um western que me lembrasse. Es este era daqueles à séria, que é como quem diz, com índios, cóbóis, John Wayne a protagonizar e John Ford a realizar. Um western onde os índios são os maus e os cóbóis são durões brutos como as casas. Um western como deve ser, e basta.

Ora, os dois John, Ford e Wayne, devem estar a rebolar-se nas respectivas tumbas com a ideia (para mal dos nossos pecados concretizada) que um chinês de Taiwan, ou Hong Kong, ou o raio que o parta, teve de fazer um western com dois cóbóis paneleiros. Se cóbóis com sentimentos já é mau, cóbóis paneleiros, então, é o fim da picada!!

Por mim, nem que ganhe 50 óscares me lá apanham. Era o que faltava! Eu tenho respeito pelo western. Eu boicoto westerns com cóbóis paneleiros. Ponto. E a sorte do Ang Lee é eu não ser fundamentalista.

Acho bem

EUA ponderam atacar Irão no âmbito da crise do dossier nuclear de Teerão. Acho bem, já disse. Armas nucleares são perigosas, e nas mãos de maluquinhos fundamentalistas são-no muitíssimo mais. Não, não aceito o argumento de que se os EUA têm A Bomba, não têm autoridade moral para impedir terceiros de a terem. Têm autoridade moral, sim. Chama-se democracia, com tudo o que lhe está subjacente. Do outro lado está um regime teocrático e repressivo, que prega o ódio aos que não partilham da sua tacanha visão do mundo. E regimes desses não deviam sequer existir, quanto mais representarem uma ameaça global. Ou acham que esta questão atingiria estes contornos se, em vez do Irão estivéssemos a falar, por exemplo, da Suécia?

Parece que depois do disparate que foi o Iraque, onde Saddam tinha os maluquinhos fundamentalistas sob controlo, para nosso descanso, e cujo programa nuclear tinha sido posto KO na Guerra do Golfo, os EUA estão a ver melhor o problema. É que a prioridade não é arranjar negócios para a Halliburton, mas sim cortar ameaças reais pela raiz. E o Irão dos ayatollahs é uma ameaça real.

O grande embuste do preço das obras públicas.

O título é do Público, e o linque é este aqui. O espantoso nisto tudo é só terem acordado agora! É que desde que comecei a trabalhar, e já lá vão uns anos, que me apercebi disto. Ora, como não creio que esta situação tenha começado em 1993, não percebo como é que agora vêm para aí denunciar tão indecorosa situação. Ah, e falta uma coisinha: é que normalmente, para se ganhar uma empreitada, é preciso pagar uns cobres a mais a determinadas pessoas... e que, também no que a este último aspecto diz respeito, "toda a gente sabe que é assim".

5.2.06

622

É o "ano zero" para o Islão. Portanto, para o Islão estamos em 1384. Em 1384 a Santa Inquisição queimava, e queimaria por mais alguns séculos, aqueles que considerava hereges. Não percebo, pois, qual o espanto pelas reacções das turbas muçulmanas relativamente às caricaturas do Maomé. É simples: eles ainda estão na sua Idade Média.