TASCA DA ESTAÇÃO

29.3.06

Lampiões torcem por Dias Ferreira

Dizem que nós também havemos de ter o nosso Vale e Azevedo. Não creio. O Dias Ferreira é meio louco, mas no que toca à vigarice, ao pé do Vale e Azevedo é um menino de coro.

O que não me impedirá de ficar muito preocupado se tal criatura ganhar. Porque presidir ao Sporting é algo mais do que fazer as figuras que ele faz no "Dia Seguinte".

5 anos

... de casado. E hoje, cada um para seu lado, eu no Porto, ela em Lisboa. E ontem, 14 anos desde que começámos a namorar. Maldita monogamia!

Só falam do penalty

Nada importa terem levado um banho de bola, terem tido toda a sorte do mundo em não perder, terem levado com duas bolas nos postes, terem jogado como o Gil Vicente habitualmente joga em casa deles, com 11 gajos atrás da linha da bola, preocupados em não perder e à espera de um golo surgido de um qualquer bambúrrio. Se futebol fosse justiça, ontem o Barcelona tinha ganho tranquilamente, mesmo com um Ronaldinho a meio gás.

28.3.06

Olha que novidade!

Ontem, no Público (sem linque), noticiava-se que Bush teria dito a Blair que atacaria o Iraque, existissem ou não armas de destruição em massa. Eu só pergunto: mas desde quando isso é notícia? Notícia era o Bush confessar ao Blair que estava convencido que existiam armas de destruição maciça no Iraque e que agora ia ter que pedir desculpa por se ter enganado!

A verdade é como a merda: vem sempre ao de cima.

Engenharia da merda, parte II

Outra vez a enfiar umas galochas, um fato espacial, umas luvas, um arnês e toca a descer por uma escada abanante até ao fundo de um tanque com oito metros de profundidade com 10 cm de água fétida no fundo para ver se uns difusores de ar tinham lama por dentro ou não. Puta de vida a minha!!!

Não querem o CPE?

Porque não oferecer-lhes em alternativa o portuguesíssimo "Contrato a Prazo"? Era vê-los logo a ficarem quietinhos: é que, ao pé do Contrato a Prazo (CP), o Contrato do Primeiro Emprego (CPE) é uma maravilha de direitos sociais, senão vejamos:
  • O CP não tem limite de idade, o CPE acaba aos 26 anos;
  • O CP vai até 6 anos, o CPE até dois, apenas;
Portanto, e como de costume, os franceses queixam-se de barriga cheia. A solução era mandá-los para cá, que logo viam o que era bom para a tosse!

Entretanto, mais não resta continuar a tratar a escumalha desordeira, que nunca trabalhou na vida nem quer trabalhar - já que traficar droga dá muito mais dinheiro - e que está infiltrada até ao tutano deste movimento de contestação, em conformidade, ou seja, à bruta. Go, CRS!!!

A minha triste sina

Que diabo querem que diga quando o primeiro futebolista que conheço na vida é logo o Nuno Gomes, aka Menina Alice? Ainda por cima parece que está para se tornar parte da família...

22.3.06

Fiquem lá com a taça, que nós queremos é ser campeões!

A isto chama-se morrer na praia. Definitivamente, este não é o ano de a lagartage marcar penalties.

Claro, faltou aquele que o Benquerença nos roubou, não é? Sabe-se lá se não teríamos ganho o jogo aí?

Enfim, lá teremos que os derrotar em Alvalade. E ganhar o campeonato, que é sabe muito melhor!

O metro do Porto

Giro, o metro tripeiro. Bem, metro, metro não é bem. Aquilo é mais um tram, um metro ligeiro. Nada a ver com o de uma capital, claro está.

E o bilhete chama-se Andante... que nome mais piroso!

Mas dá para um gajo ir da Boavista à baixa em 5 minutos, e isso é que interessa!

As tropelias do Olegário

Primeira: mão do Pepe na área, não sancionada. Penalty por marcar.

Segunda: off-side (mal) assinalado ao Deivid, que ficava isolado na esquerda, com o Liedson ao meio e a equipa do Porto totalmente em contrapé.

Terceira: Agressão do Ceh (ou como raio se chama o gajo) ao João Moutinho, não sancionada. Nem falta foi marcada!

Quarta: off-side claro não assinalado ao McCarthy que não deu golo por acaso.

Isto em 25 minutos. Sim, que o jogo está no intervalo e eu só comecei a vê-lo aos 20!!!

19.3.06

Contramãos

Em dois dias consecutivos, dois velhos obviamente inaptos para conduzir (um deles, ao que parece, mesmo incapaz de encontrar o caminho de casa a pé), entraram em contramão em auto-estradas. Um deles provocou acidentes mas, do mal o menos, foi ele a única vítima mortal.
Face à multiplicação de incidentes deste tipo, proporcional ao aumento de quilómetros de auto-estradas neste país, acho que está na hora de pensar em:
  • Limitar a validade da Carta a uma determinada idade, por exemplo, 65 anos;
  • Obrigar a um exame rigoroso (médico e de condução) todos os condutores que, atingida aquela idade, a queiram renovar;
  • Renová-la por períodos curtos (5 anos no máximo);
  • Cassar a carta imediatamente a quem faça uma brincadeira do género, acompanhada de inibição de conduzir durante uns bons anos;
  • Introduzir um sistema que evite entradas em contramão nas auto-estradas. Ao que parece, já está inventado: o Fernando Papona, ilustre inventor fundanense, apresentou há tempos um sistema desse tipo;
Resta saber como é que, tratando-se de auto-estradas com portagem, os condutores conseguiram a proeza de entrar em contramão sem serem detectados pelos portageiros...

A GNR no seu melhor

Então não é que os zelosos agentes, pela lei e pela grei, multaram um transeunte por estar alcoolizado, depois de o terem obrigado a soprar ao balão?

Quer-me parecer que em Miranda do Douro os militares da GNR ainda são os do antigamente: aqueles que iam para a Guarda por não servirem para mais nada.

Felizmente, os magistrados parecem ser de outra cepa e absolveram o réu. Deve ter sido um julgamento de ir às lágrimas...

Racaille

Foi este o termo que Nicolas Sarkozy usou - muito a propósito, diga-se - para classificar os selvagens que andaram a incendiar carros um pouco por toda a França.

Poderia ter aproveitado para usar o mesmo termo relativamente aos selvagens que se entretiveram a destruir propriedade alheia nestes últimos dias, em Paris.

Das cités ou da Sorbonne, a selvajaria é idêntica. E com selvagens não se dialoga.

7.3.06

O tempora! O mores!

Um branco lutador de sumo? Isto é o fim da picada! Lutador de sumo que se preze deve ter olhos em bico e banhas a dar com um pau, com coxas de metro e meio de diâmetro! Pois este gajo é alto, não é de todo gordo e tem o peito cheio de pelos! Ainda por cima é Ozeki, o que quer dizer que não é nenhum coxo! Que é feito dos gloriosos lutadores de sumo com os seus cento e muitos, duzentos quilos? Cada vez são mais levezinhos e a coisa perde piada. Ah, pois, está lá o Asashoryu, único Yokozuna nos dias que correm, e que luta comme il faut. Que saudades do Akebono e do Musashimaru! Aquilo é que eram combates, força bruta mesclada com técnica refinada! Agora tem pouca piada: é tudo muito rápido e o Asashoryu ganha tudo.

PS: para que conste, o nome artístico do personagem é Kootooshu.

You'll Never Walk Alone



Amanhã somos todos vermelhos. Não encarnados.

6.3.06

Koke

Por falar em bola, ontem o Koke fez mais em 25 minutos do que o Deivid em 78. Um verdadeiro ponta-de-lança, rápido a desmarcar-se, despachado (e colocado!) no remate, no sítio certo para a emenda. 2 jogos, 3 golos, está na hora de ser titular ao lado do Liedson.

E o Gil Vicente, equipa de há muito paradigma do anti-jogo e que devia ser banida por decreto do futebol (ao nível do Universo e arredores), perdeu. Porque equipas que desde o início do jogo começam a queimar tempo, deviam perder sempre.

Sonho de uma quarta-feira europeia

Os adeptos culés mostraram mais uma vez de que são feitos e toca de ir para o aeroporto insultar o Mourinho. Insultar, cuspir, enfim, gente civilizada. Depois os Ultras Sur é que são uns animais. Tá bem, abelha.

Por isso, muito gozo me daria que o Chelsea desse a volta. Mais depressa desce Cristo à Terra, eu sei. Mas sonhar não custa. Nem é pelo futebol jogado, que o Barça joga melhor, muito melhor que o Chelsea. É que eu não gosto do Barça, apenas isso.

A vingança de John Wayne

Brokeback Mountain perdeu. O Western ganhou. E o Ang Lee que vá para casa carpir as mágoas, a ver se eu me ralo.

2.3.06

O fim da Europa

A recente vaga de proteccionismos nacionalistas sobre as empresas, no caso, de energia, revela que para a esmagadora maioria dos países, a Europa só vale num sentido: quando as suas empresas podem ir comprar empresas de outros estados. Quando o inverso se passa (vide E.On vs Endesa ou Enel vs Suez), logo vêm os governos, pressurosos, bloqueando o processo invocando tudo o que lhes vem à cabeça, por mais estapafúrdio que seja. Só não invocam o mais óbvio: é que ninguém gosta que lhe vão ao pomar sacar a fruta.

O caso dos espanhóis, então, é gritante: entram por aqui a dentro como se isto fosse deles (agora já praticamente o é...), mas quando são os alemães a querer comprar-lhes as empresas, aqui d'El Rei quem nos acode! E para os franceses é a mesma coisa. E para nós só não é porque não mandamos a ponta de um corno e porque temos o hábito de lamber as botas a qualquer camone que aí apareça.

Perante isto, é evidente que a Europa tem os dias contados. Deito-me a adivinhar quando começará a próxima guerra. Porque os "Estados Unidos da Europa" nunca verão a luz do dia. E ainda passaremos pela vergonha de os americanos virem cá pôr ordem nisto. Afinal, foi o que eles fizeram a partir de 1942, com particular ênfase desde o dia 6 de Junho de 1944...

P.S.: aqui para nós, a única coisa que me interessa nisto tudo é qual é o valor das acções da Suez, para ver se vendo as minhas a bom preço e ganho umas c'roas...

Avarias

No momento em que escrevo, estou parado algures na Linha do Norte, por causa de uma avaria na sinalização, dizem. Aliás, dizem pela segunda vez, 20 mn após a paragem.

Primeiro: puta que pariu a CP, a Refer ou o C. que os F. Os responsáveis por este infausto acontecimento deveriam ser tratados à boa maneira de Saddam.

Segundo: não fosse uma placa 3G e a seca ainda era maior.

Terceiro: arrisco-me a perder um jantar não sei aonde, mas que se afigurava bom.

Quarto: a CP arrisca-se a perder um passageiro que, até à data estava bem satisfeito com o Alfa Pendular.

Não percebo nada disto

No Público de hoje (versão papel) leio que Britney Spears, por ocasião do Mardi Gras em Nova Orleães, terá, e cito, "oferecido broches às adolescentes que a acompanhavam".

Há aqui algo que não bate certo. Se a boa (literalmente) da Britney me tivesse oferecido um broche a mim, era mais normal (e mais agradável, decerto, no pressuposto óbvio da minha aceitação de tão generosa oferta). Agora, como diabo esperaria a boa (literalmente) da Britney que as jovens aceitassem os broches oferecidos? Colocando uns dildos à cintura, era?