O Método Brejnev
Ainda a propósito dos métodos soviéticos sugeridos pelo BdE neste seu post, deixem-me dizer-vos que eu e mais alguns amigos desde há muito nos rimos com o chamado Método Brejnev. Para quem não sabe, Leonid Brejnev, antigo líder soviético, morreu algures nos anos 60. Como nessa altura a Guerra Fria decorria em pleno, o Politburo resolveu não anunciar a sua morte, substituindo-o por um boneco que, de tão aperfeiçoado que era, até o bafo exalava, bafo esse que era bem visível quando o boneco era exibido na tribuna sobre o mausoléu de Lenine, nos desfiles da Revolução de Outubro e do Primeiro de Maio. O boneco funcionou tão bem que a morte de Brejnev só foi anunciada em 1982, quando o boneco dava sinais evidentes de degradação. Os sucessores declarados de Brejnev (Yuri Andropov e Konstantin Tchernenko) eram também dummies de antigos dirigentes soviéticos, mortos havia anos. Contudo, nessa altura, o Império Soviético estava em irreversível declínio. E as inovações tecnológicas tentadas nesses novos dummies resultaram muito mal, daí que nenhum deles tenha durado muito: o dummy de Andropov avariou de vez em 1984 e o de Tchernenko no ano seguinte. Rendido, o Politburo, pela primeira vez em 20 anos, colocou um ser de carne e osso à frente da nação soviética. O resto é história.
Mas o Método Brejnev não desapareceu: tudo indica que o Vaticano o adoptou e aperfeiçoou.
Mas o Método Brejnev não desapareceu: tudo indica que o Vaticano o adoptou e aperfeiçoou.