Diários de Páscoa (em diferido) - II

Sexta, 24

Dói-me a cabeça. Logo passa com a bela alheira ao almoço. Sim, é Sexta-feira santa, e depois? É dia de passar a tarde a transportar uma mobília herdada. Faz sempre impressão remexer nas coisas dos mortos. Ver uma casa onde fui muitas vezes completamente desmanchada. Mas enfim, a vida continua e a mobília até é engraçada. Entretanto, sei-o mais tarde, as más companhias passam a tarde a mamar copos no Alcambar. Olha para onde lhes havia de dar, um tasco manhoso onde eram para ser umas bombas de gasolina que nunca o foram, no limite norte do Fundão.

Hora de jantar: a velha guarda está quase toda reunida, o que nos dias que correm é raro. A noite adivinha-se comprida. O restaurante do Alfredo é porto seguro. Come-se bem, bebe-se a condizer, confraterniza-se ainda mais. Abençoados avós que nos ficam com as criancinhas.

Uma da manhã (hey!): chove a potes e já está tudo bem regado, pelo que entramos num boteco meio-vazio ali ao pé. Como se a música estivesse uma merda, um de nós pede algo para gente como nós, isto é, a caminho dos 40. O rapazinho do bar confunde-nos com os avós e mete música dos anos 50 ou que raio aquilo era. Vamos a ver, e o melhor que tem para lá é Santana. Resigno-me, afinal quem gosta de Marilyn Manson, Metallica ou Rammstein está habituado a estas coisas. A propósito, aposto com uma das más companhias (quiçá a pior) que lhe pago a noite de copos se conseguir que o DJ do English passe Marilyn Manson.

Duas da manhã (hey!): o último tasco aberto é aquela coisa a que chamam discoteca, o English. De há um bom par de anos para cá, aquilo tem sido sempre a descer. Entro e confirmo os meus piores receios: uma banda de música(?) entoa o "SLB". Entro na festa. Subo a escadaria, estico os pais-de-todos de ambas as mãos e junto-me ao coro, mas cantando a versão alternativa: a que substitui "glorioso" pelo mais adequado "filhos da puta". Nada de pessoal, meus caros lampiões, é só clubite. Felizmente, ou ninguém me ouve ou ninguém me liga, a bem da minha integridade física. E se a coisa começou bem, continuou a preceito. Às tantas era o tira o carro, mete o carro na garagem da vizinha. Para tornar a cena mais parecida com uma festa de aldeia em Agosto, já havia bailarico de mulheres a dançar com mulheres (a propósito de mulheres, estava lá a mulher do patrão, que só por si justifica uma visita àquele palheiro). Sinto-me esmagado: o único gesto reflexo é ir ao bar buscar imperiais. Tento a pista principal. Pum, pum, pum, pum, só me lá aguento porque estão lá duas miúdas de umbigo à mostra e mamas saltitantes. E porque há um bar nessa zona.

Não sei quantas da manhã: uma das más companhias já não fala. Limita-se a oscilar, para a frente e para trás. Entretanto, a banda toca o anel de rubi do Rui Veloso. Na pista, Streets of Fire. Penso seriamente no suicídio. Reconsidero: mais umas imperiais e uma mirada às duas miúdas, à mulher do patrão (aka 747) e a uma quarentona-a-caminhar-para-os-cinquenta que dá dez a zero à filha de vinte e tais. Apesar de tudo, começo a ficar farto. Como é evidente, ganhei a minha aposta.

Cinco da manhã (hey!): hora de sair. De mansinho, para que nenhuma das más companhias, a esta hora já para lá de Abidjan, tente qualquer manobra de resgate. Sucesso absoluto. Horas de ir para a cama. E, de noites, estamos conversados. A partir daí, será vegetar o mais possível até à hora do regresso a Lisboa.

Não sei se ria, não sei se chore

Primeiro foram esses imbecis da Greenpeace a impedir a laboração de uma fábrica porque, nas suas cabecinhas, a mesma trabalharia madeira ilegalmente abatida na Amazónia. Provas, nem uma, até ver. Basta a palavra deles, gente que se bate pelas causas ambientais e antiglobalização, mas que anda de avião e de carro (com ar condicionado), tem frigoríficos, compra têxteis chineses e sapatilhas Nike Made in India. Gente que se manifesta contra uma barragem que tem por único fito produzir a energia eléctrica que eles não se coíbem de usar. Gente que usa a Aldeia Global para atingir os seus fins, sejam eles quais forem. Estou farto dessa gente. Se se acorrentam à frente de um comboio, eu só pergunto porque diabo o comboio não avança e os trucida de uma vez? Tenho a certeza de que, no dia em que isso acontecer, estes protestos idiotas acabam. Foram 10 de cana e vão a julgamento? Acho muito bem, que isto não é o da Joana. E deviam pagar os prejuízos. E olhem que, se é verdade que a Vicaima tem contratos de fornecimento com Inglaterra, eles devem ser grandes. Os cliente ingleses, e falo por experiência, costumam ser leoninos e implacáveis nos contratos que assinam.

Dito isto (acabo de ver na TV), um dos administradores da Vicaima, ao deparar-se com o protesto, não vai de modas e trata de enfiar um selo num operador da SIC. As imagens, na "primeira pessoa", são notáveis: o gajo tem força, aquilo foi chegar e zumba!, toma lá uma nos dentes! A GNR assistiu a tudo (também se vê na TV).

Portanto, o que pensar do que vem escrito aqui, que o dito administrador não foi detido porque, diz a nossa Guarda, "a agressão não foi presenciada em flagrante". Ai não? Estavam todos a olhar para o lado, era? É a nossa GNR no seu melhor: "vá lá, shôtôr, num se desgrace". Parece a rábula do Avelino naquele jogo do seu (literalmente) Marco contra já não sei quem, a destruir e pontapear tudo ante a passividade da (também sua?) GNR. Um regabofe.

Diários de Páscoa (em diferido) - I

Quinta, 24

Saída para o Fundão, tarde e a más horas, e pelo caminho mais longo (A8-A15-A1), que me permite fintar a maralha, presa nas obras entre Aveiras e Santarém. Anda-se bem, e dá para chegar nas calmas, a tempo de jantar um maravilhoso rosbife, com umas batatas no forno que só a minha mãe sabe fazer. Come-se bem e bebe-se a condizer. O que vai reflectir-se nos resultados da noite. Copos e mais copos depois, vamos para a cama já bem aviados. Ainda por cima saí sem carteira, e a patroa sem cheta na dela. Abençoados os meios pequenos: um gajo é amigo dos donos do bar, como é óbvio. Paga-se no dia seguinte. 20 imperiais (os dois). Pois. 14 euros. Fosse em Lisboa e tinha-me saído cara a noite.

O Triunfo dos Porcos

É oficial: na UE, todos os países são iguais, mas uns são mais iguais que outros. A Alemanha, que impôs o PEC, com medo das derivas dos países a que desdenhosamente chamava Club Med (Portugal, Espanha e Itália), conseguiu agora, depois de 3 anos sem conseguir cumprir a regra dos 3%, flexibilizar o referido pacto. Afinal de contas, as regras eram só para os outros, os países inferiores, aqueles que são incapazes de, sozinhos, garantir o seu futuro. Os quais, com mais ou menos medidas extraordinárias, lá vêm cumprindo, com raras excepções, a tal regrazinha. Já a Alemanha, tomou por regra furá-la. E, para não ter que levar com as sanções que em tempos impôs, força a mudança das regras.

Pergunto eu: e se no lugar da Alemanha estivesse Portugal?

Eu respondo: estávamos bem fodidos.

O vale-tudo

Ministros de Santana adjudicam sistema de comunicações três dias após as eleições. Um dos ministros (Daniel Sanches) até tinha deixado de ser administrador da empresa vencedora para ir para o governo. O que nos faz imediatamente lembrar a velha história da mulher de César. É que estamos a falar de um contrato de mais de 500 milhões de euros. E um governo cessante não deveria decidir concursos de 100 euros, quanto mais de 500 milhões. É que a decisão é política, não técnica (por muito que nos queiram fazer crer o contrário: quem como eu lida com concursos públicos sabe bem que o poder dos técnicos acaba precisamente onde começa o dos políticos - e NÃO vice-versa), o que significa que o objectivo de uma coisa destas é, no mínimo, entalar o governo sucessor. E é bom que seja só isso, principalmente quando houve concorrentes que terão desistido "alguns alegando que o concursos estava previamente decidido (ver PÚBLICO de 17/09/2003)". Depois da enxurrada das nomeações de última hora, com o ministério de Nobre Guedes à cabeça, vem agora isto. É o regabofe total. Que mais poderemos esperar dos últimos estertores dos acólitos do menino guerreiro?

Já tenho os bilhetes...

... porque velhos são os trapos. Up the Irons!

No Turquemenistão não há armas de destruição em massa

Tal como no Iraque, aliás. Mas no Turquemenistão mora um louco furioso que, para desdita dos turquemenos, "governa" o país. Atende a dita criatura pelo nome de Saparmurat Niazov e, depois de medidas inofensivas como rebaptizar meses e dias da semana com nomes de familiares e outros, resolveu agora passar às coisas sérias. Vai daí, lembrou-se de mandar fechar todos os hospitais do país, excepto os da capital. Ora, sendo o Turquemenistão um país grande(segundo a minha fonte, bastante maior que a Alemanha), com a rede de transportes que se imagina, está-se mesmo a ver o que esta medida significa. Sim, isso mesmo: GENOCÍDIO. Uma simples apendicite tornar-se-á mortal. Uma criança doente com uma simples virose será uma criança em grave risco de vida. De um AVC ou ataque cardíaco nem vale a pena falar. Imaginem o que era uma grávida de risco ir de charola de Miranda do Douro para Lisboa pelas estradas nacionais (já pelas auto-estradas e IPs seria surrealista).

Curiosamente, os Estados Unidos, tão pressurosos a atacar um ditador brutal, mas que, ainda assim, e sem que isso o redima, deu ao seu povo um nível de vida invejável para os padrões daquela região*, não têm uma palavra para outro ditador que não será tão brutal mas é infinitamente mais sádico, e cujo povo vive na mais absoluta miséria. Que diferença faz morrer gaseado (e, a propósito, não foi por isso que os EUA atacaram o Iraque) ou por negação de tratamento médico imediato?

Mas sabe lá Bush onde fica o Turquemenistão? Quer lá ele saber disso? E, já agora, a UE do nosso Durão Barroso, que tão rapidamente se prontificou a servir de lacaio de Bush, Blair e Aznar, também vai fechar os olhos a isto? E a ONU? Só tem olhos para Darfur e esquece o resto?

* obviamente, antes da primeira Guerra do Golfo e das sanções subsequentes

Quando os derrotados perdem o sentido do ridículo

O meu colunista favorito tem um grave defeito: é fanático do FêQuêPê. O que por vezes o leva a escrever crónicas tão ridículas quanto esta.

Primeiro: o McCarthy é tão bom jogador como caceteiro. Usa e abusa do cotovelo. Deu uma cotovelada intencional no Rui Jorge (que não se atirou exactamente para o chão a uivar) e por isso foi expulso e bem expulso. Até o José Couceiro concordou.

Segundo: a bola cortada com a mão pelo Seitaridis não ia directamente para a baliza: ia direitinha à cabeça do Liedson, que estava a 2 ou 3 m da linha de golo, e bem enquadrado com a baliza. Era, pois, uma jogada de golo iminente. Mandam as regras que, neste caso, a punição seja vermelho directo. As regras são claras, mas as interpretações que alguns fazem delas são mais mirabolantes do que a que Álvaro Cunhal fez do Pacto Germano-Soviético. O que, convenhamos, não deixa de ser extraordinário.

Terceiro: o FC Porto não existiu. Não jogou nada. Se o FC Porto tivesse jogado à bola, como lhe competia, talvez não tivesse perdido. O resto, são desculpas esfarrapadas. Perderam, e perderam bem. E antes de se preocuparem com os árbitros, deveriam preocupar-se com a destruição em tempo recorde de uma das mais fantásticas equipas que alguma vez passou pelo nosso futebol.

5 vitórias, 2 empates, 1 derrota

Chega isto para os papagaios serem campeões. A menos que algum dos perseguidores conseguisse ganhar todos os jogos até final. Está-se mesmo a ver, não está. Pois está. Mesmo 3V 2E 3D (11 pontos perdidos) deve chegar, pois não acredito que alguma equipa perca menos de 6 pontos até final.

Encomendem as faixas. Eu, pela minha parte, vou começando a pensar em que país vou passar semana seguinte ao Benfica ser campeão.

Foi bom, podia ter sido LINDO

Dá sempre gozo ganhar ao Porto. Dá sempre gozo ver o pavão do Baía ir buscar a bola dentro da baliza. Dá sempre gozo ver jogadores do Porto expulsos e bem expulsos. Dá sempre gozo ver a cara do Pinto da Costa depois de uma derrota (essa, ainda não a vi, mas um segurança do metro sempre me foi dizendo que o dito proferiu expressões delirantes tipo "apito verde" e quejandos, pelo que deve valer a pena esperar para ver).

Mas ter-me-ia dado muito mais gozo se o Peseiro não fosse um mariquinhas e não tivesse mandado a equipa parar. É que os golos que ficaram por marcar podem fazer muita falta. E, contra 9, foi uma carga de nervos ver aqueles tipos jogar, ou melhor, empastelar. IRRA!!!

Perdemos uma oportunidade de lhes enfiar com 4 ou 5 no bucho. Só o Liedson, à conta dele, falhou 3 golos feitos. E o Douala atirou uma à barra. O Porto fez hoje menos, muito menos, do que o Benfica havia feito em Janeiro, que já tinha sido nada. Aquilo não é uma equipa. É um bando de coxos e brinca-na-areia, ainda por cima inacreditavelmente indisciplinados, dirigidos por um aspirante a treinador, assim do nível do Peseiro.

E cada vez mais me convenço que engrupimos muito bem o Barça ao impingir-lhes o nabo do Quaresma por uma pipa de massa mais o Rochemback (incluindo 70% do salário) por 3 anos. Foi quase tão bom como o negócio que o Benfica fez com o Aldair, lembram-se?, aquele coirão vendido por 900 mil contos (um balúrdio naquela época) à Roma.

No fim disto tudo, quem se rebola de gozo são os papagaios. Acho que desta não nos safamos. Eu, no dia em que eles se sagrarem campeão, quero estar no estrangeiro (mas não em Paris), porque deve ser impossível dormir. É melhor nem pensar nisso, senão começo já a ficar cheio de nervos.

Domingos na SIC

Ou melhor, nas SICs.

Ao princípio da tarde, na SIC Radical, Parker Lewis
À tarde, na SIC Radical, Brigada de Roubos e Homicídios
Ao princípio da noite, na SIC Radical, Seinfeld
À noite, na SIC Mulher, Sexo e a Cidade
Mais à noite, na SIC Radical, Battlestar Galactica

Melhor é difícil. Mas difícil mesmo é conseguir ver tudo. As da noite estão normalmente garantidas, as da tarde dependem das disponibilidades.

Keine Lust

Bom, muito bom o mais recente vídeo dos Rammstein, retirado do excelente Reise Reise. Notável a caracterização, com todos os elementos da banda mais gordos que o Fernando Mendes. A excepção é o teclista Christian Lorenz, cuja figura escanzelada se constituiu, desde há muito, como autêntica imagem de marca.



As gajas também estão em muito bom plano. Em suma, a ver.

Iremos à Europa?

Custódio um mês parado. Roca KO para o jogo com o Porto. Está visto: ou ganhamos a Taça UEFA (o que é mais improvável do que Jesus Cristo - o original, não o clone que está na Assembleia da República - descer à Terra) ou quer-me cá parecer que não será com a classificação final na SuperLiga que estaremos nas competições europeias na época que vem.

Mas, a bem dizer, não é isso que me chateia mais. O que me está a deixar doente é a possibilidade cada vez mais forte de os papagaios serem campeões. Meu deus, que pesadelo! Tudo menos isso, por favor!!!!

Jesus Cristo é deputado!!

E é comunista! Ou melhor, verde.

Pois é, outro dia dei comigo a ver a sessão inaugural da nova legislatura e vejo lá esta figureta, com ar de quem estava numa casa okupada. Não tenho nada a ver com o visual ou a indumentária das pessoas, em casa ou na rua, mas entendo que em certos sítios, cujas actividades se revestem de uma certa solenidade, se devem cumprir certos formalismos. E um Parlamento é um desses sítios. Sim, entendo que um deputado da nação deve exercer o cargo de fato e gravata e não vestido como se estivesse na festa do Avante!, sem desprimor para a mesma. Até o Jerónimo de Sousa percebeu isso. É que, entendamo-nos, ninguém é obrigado a ir para deputado. E, já agora, alguém levará a sério um deputado com esta figura?

Como dizia um primo meu, só lá falta o rafeiro amarrado por um cordel. Mas esse, deve ter ficado à porta. Porque existir, deve existir.

Um ódio de estimação

Por norma, irrita-me gente que vai a uma cervejaria, daquelas à séria, e bebe vinho. Numa cervejaria, daquelas à séria, bebe-se cerveja e comem-se bifes e mariscos (bivalves e outros bichos aquáticos incluídos). Vinho, bebe-se num restaurante. Ponto. Beber vinho numa cervejaria é como ir vestido à Marilyn Manson para um concerto da Britney Spears.

Esta gente tem regra geral um ar levemente afectado (mais pronunciado no caso das mulheres), assim a dar para o snob, e por norma, depois de beber o café, fica a bebericar o vinho (se preciso, pede outra garrafa), fazendo sala (numa cervejaria!) e tendo conversas intelectualmente profundas, estando-se positivamente a cagar para o facto de, junto à entrada, o pessoal à espera se ir acumulando, uma vez que estão na cervejaria (cuja rotatividade de mesas é enorme) como estão num qualquer restaurante do Bairro Alto, onde (acham eles) só é gente quem se porta assim. E não importa que o ambiente seja de total algazarra, que essa cáfila é intelectualmente superior a essas coisas, conseguindo discutir sem problemas todo e qualquer tema existencial (tem é que ser existencial, senão a coisa não funciona) independentemente dos factores exógenos, quaisquer que sejam.

Não sei porquê, associo essa gente ao Bloco de Esquerda. É irresistível, porque está lá tudo: o ser pretensamente diferente, a indiferença perante os outros, aquele ar afectado, contudo tão diferente do das tias do CDS!, a superioridade "moral". É preconceito? Talvez. Mas basta olhar para os principais dirigentes do Bloco: eles são bem capazes de ir a uma cervejaria, daquelas à séria, beber vinho e ficar à conversa duas horas depois de terem bebido o café.

A Puta da Idade

"Só posso dizer bem de Pinto da Costa" (Dias da Cunha)

Se calhar, o Viagra reparte as culpas...

Ei-lo de volta!!!

Santana estreia-se com anúncio de 10 mil casas para jovens até 2013. Projecto será apresentado aos jovens numa discoteca da capital.

Definitivamente, regressou o circo. Mas, neste caso, e ao contrário do que sucedeu no governo, o Santana Lopes foi eleito pelos lisboetas. Agora, aturem-no.

O regresso do menino guerreiro

Santana Lopes regressa à presidência da Câmara de Lisboa.

Fixe. Assim, em Outubro (ou lá quando é) leva outra vez na pá. O Carmona é que deve estar a arrancar os (poucos) cabelos: agora que estava a limpar a cidade dos cartazes idiotas do tempo do Santana, o gajo volta e está-se mesmo a ver que até às autárquicas vai ser um vê-se-te-avias. Bem, e se não for por isso é pela figura de urso que fez no meio disto tudo.

Acabou

Finito. Os papagaios têm a auto-estrada livre para serem campeões. A lagartage jogou miseravelmente, como agora parece ser regra, pelo menos para consumo interno. Precisávamos de ganhar a Penafiel, Porto e Boavista para ter esperanças de nos mantermos na luta. Falhámos o jogo mais fácil. 6 pontos a 9 jornadas do fim, faltando ainda jogar contra as quatro equipas que vão à nossa frente (e só com o Porto em casa)? Esqueçam. Acabou.

Notas da miséria de ontem:

• O Hugo deveria ser despedido com justa causa: graças a ele perdemos em Belém e agora em Alvalade. TODOS os golos são culpa sua. Mereceu bem as vaias, e espero que nunca mais jogue pelo Sporting;
• O Tello é uma nulidade. Devia abrir-se um processo-crime contra quem deu mais de um milhão de contos pelo seu passe;
• O Peseiro é 100 vezes pior que o Fernando Santos. Se a equipa que escolheu para o jogo de ontem já era má, as substituições foram surrealistas; a sua leitura de jogo é desastrosa;
• Onde anda o Mota? E, já agora, alguém tem reparado que o Silva está a jogar bem? Em Guimarães, claro...

Nota final: se o Benfica ganhar em Setúbal e nós ao Porto, podem encomendar as faixas.

A liga dos horrores

Pelo andar da carrugagem, afigura-se cada vez mais provável que o Benfica seja campeão esta época. Sabendo-se o que joga o Benfica (zero), a sua vitória no campeonato, a acontecer, revelar-se-á um autêntico crime de lesa-futebol, provando definitivamente um impensável nivelamento por baixo da SuperLiga. E que equipa, ou equipas, jogam futebol neste horrendo campeonato? O FC Porto? Definitivamente, não: o Porto, como equipa, é um farrapo. Não jogam nada de nada, conseguem ser iguais ou piores que o Benfica e, pela primeira vez no campeonato, deixaram de depender só deles para serem campeões, o que deve chegar para os deitar definitivamente ao tapete. O Boavista? Jogo duro, muito suor, pouco ou nenhum futebol. O Braga? Sim, o Braga joga à bola. Mas falta-lhe consistência.

Resta o Sporting. O Sporting é claramente a equipa que melhor joga em Portugal. Então, porque não vai à frente com 10 ou 15 pontos de avanço? Simples: porque só joga assim em 50%, ou menos, dos jogos. Nos outros, parece o Beira-Mar.

Para aspirar a ser campeão, o Sporting tem que ganhar os próximos 3 jogos: Penafiel e Porto em casa, Boavista fora. Se tivereem estofo de campeão, ganham. Senão, dediquem-se à Taça UEFA (a ver se a asneira do Ricardo não nos sai cara).

A opinião de clientes da Tasca

Ainda sobre as quotas femininas, a opinião de um amigo meu (a propósito, cujo superior hierárquico é uma mulher):

- Numa democracia em que a maioria da população é feminina é paradoxal defender-se sistemas de quotas que visem impor representatividade feminina.

Um sistema de quotas nesta situação apenas afirmaria 2 pontos:
- Reconhecimento implicito de superioridade de um dos lados manifestamente contraproducente com o objectivo inicial
- Estigmatização de quem ao abrigo desse sistema fosse "escolhido" para representar o lado "mais fraco" - não seria pela capacidade mas sim pela "cunha" da quota

Por outro lado, não é a capacidade e a competência que caracterizam a classe politica. Rarissimas são as excepções de pessoas, com alternativa noutros meios, a optarem pela vida politica.
Os politicos neste pais (num grau talvez superior a outros paises com os quais nos pretendemos comparar) , regra geral, são terceiras ou quartas escolhas no meio profissional de proveniência.
ou então são, espante-se, desde sempre politicos, sem nunca terem sido outra coisa na vida. Limitam-se a subir degrau a degrau a carreira de politico profissional (o que quer que seja que isto queira dizer), concelhias, distritais e por ai acima - preparação técnica, o que é isso ? compreender e exercitar as regras de tráfico de influências de forma a fazer prevalecer o interesse pessoal encapotando-o debaixo de uma argumentária de interesse público.
Protagonismo politico e tecnico ? O que é isso ? Parece conversa de Gabriel Alves...(A batalha entre a força da técnica e a técnica da força)
Num sistema deste tipo compreende-se que semelhante atraia semelhante (como diria o Gonçalo) ou seja incompetente atrai incompetente procedendo-se à sua preservação dentro do próprio grupo, mais correctamente seita, fechando e bloqueando a entrada de estranhos. Este tipo de fenomenos gregários verifica-se em muitas outras situações seja no reino dos humanos ou de outros animais.
Aparentemente os homens adequam-se mais a este tipo de comportamento primário de raiz animal. Na esmagadora maioria das situações estes fenomenos de grupos são caracterizados, como diria o sociologo frances Desmond Morris, por membros e comportamentos prevalentemente associados à esfera masculina. Na politica, tal como no desporto, no dominio militar ou noutros, tem sido esta a regra.

No caso do desporto, já repararam que os desportos de grande prevalência (e audiência) masculina são colectivos - futebol, basquetebol, basebol, raguebi, criquet...
As grandes estrelas femininas encontram-se em desportos predominantemente individuais - atletismo, natação, tenis,...

Isto de se votar em grupos em vez de pessoas (circulos uninominais) tem muito que se lhe diga. Os circulos uninominais teriam o dom de tornar menos anonima a incompetência

Milho para pardais ou algo mais?

As primeias impressões deste PS de Sócrates são francamente positivas:

• a assumpção frontal pela co-incineração, contra o lobby dos ecologistas e outros patetas alegres (dado curioso: Souselas votou maioritariamente PS);
• a eficaz blindagem que revestiu todo o processo de formação do governo;
• a integração de 50% de ministros independentes, com liberais na economia e finanças, descansando, pelo menos até ver, os que receavam uma guinada à esquerda, provando uma vez mais que, a ganhar o PS, teria que ser com maioria absoluta, para não ficar refém de PCP ou BE;
• a frontalidade com que encarou as histéricas "mulheres socialistas", as quais foram capazes de muito berrar, mas já não conseguiram indicar uma mulher que fosse, capaz de ser melhor alternativa aos ministros homens. As mulheres ainda não perceberam (ou não querem perceber) que o sistema de quotas se limita a promover a mediocridade. Chega-se lá não por mérito, mas por quota. Por "direito adquirido", por assim dizer. Será que ainda não percebemos todos o mal que os "direitos adquiridos" fazem a este país? Será que as mulheres ainda não perceberam que não vão precisar de quotas, antes de alguma paciência, para chegarem lá, elas que já são maioritárias nas universidades? As inteligentes, já terão percebido. As outras, as feministas, limitam-se a berrar, para que nos demos conta que existem.

As primeiras impressões são boas, mas agora é que se vai ver. O primeiro grande desafio será, sem dúvida, resistir ao aparelho do partido, que é o mais clientelar, de longe, em Portugal. Vencido esse desafio, será mais fácil fazer as reformas necessárias na administração pública (e na máquina fiscal em particular), na justiça, etc. Depois, a correcção dos tiros errados terá que ser rápida: refiro-me concretamente a Alberto Costa e Mário Lino, que penso venham a revelar-se dois erros de casting. A partir daí, há que ter coragem e enfrentar os lobbies: médicos, professores, advogados, sindicatos, ecologistas, gays, mulheres, juízes, enfim, tudo o que cheire a corporação. A tarefa é gigantesca e não se concluirá numa legislatura, nem se calhar em dez. Mas alguém tem que ter tomates para a iniciar.

11-M

O mistério

Porque será que o Sporting só joga à séria em metade dos jogos? Porque será que na outra metade se esquece do que é jogar à bola?

O Sporting que joga à séria vai a Roterdão e reduz o Feyenoord à expressão mais simples, vai a Middlesbrough e faz gato-sapato do adversário (sendo depois traído por um frangueiro de classe mundial - sim, mesmo no primeiro golo a bola vai direita a ele), reduz o Benfica a um bando de coxos (bem, valha a verdade que o Benfica É um bando de coxos), enfia 6 ao Boavista, enfim, dá gosto ver jogar.

O Sporting que se esquece do que é jogar à bola é uma nulidade. E perde com equipas da craveira do Belenenses, Nacional ou Vitória de Setúbal e empata com colossos tipo Beira-Mar ou União de Leiria. O Sporting desses jogos mete dó.

Porque diabo se esquece tantas vezes o Sporting de jogar à bola? Mistério...

Que fazer ao Ricardo?

Primeiro, podíamos empalá-lo;
Depois, esquartejá-lo;
A seguir, moê-lo na 1-2-3;
Finalmente, dissolvê-lo em ácido sulfúrico;

E isto é muito pouco para quem pode muito bem ter dado cabo de uma eliminatória. Esperemos que a Carmo Jardim (ou o Viagra) não tenha tirado o pouco que resta de lucidez ao Dias da Cunha, e que o Sporting aceite a proposta do Dínamo de Moscovo. Ainda por cima, pagam para ficar com ele!!!!

TIAGO OU NÉLSON A TITULARES, JÁ!

Sampaio igual a si próprio

Dia da Mulher: Sampaio defende fim de distorções "masculinocêntricas". Estou para aqui a tentar arranjar um palavrão para ripostar, mas confesso-me incapaz. Talvez seja por isso que o homem é Presidente e eu não passo de um reles tasqueiro. "Masculinocêntricas"... Fosga-se!!

E depois ainda dizem que a culpa é nossa

Mais de 80 por cento das mulheres portuguesas não tentam dividir tarefas domésticas.

Quem ri por último...

A Rititi esqueceu-se que as eliminatórias da Liga dos Campeões têm 2 jogos. E que a 2ª mão era jogada em Stamford Bridge. E que, tendo perdido por 2-1 em Camp Nou, o Chelsea não se ia ficar. Eu, que ainda por cima gosto do Real Madrid (e, por maioria de razão, detesto o Barça), estou todo contente. G'anda Mourinho!

Rei morto, rei posto

Definitivamente, dou este por falecido. Substituo-o, na coluna ao lado, por este aqui, cuja qualidade não desmerece, muito pelo contrário.

Porca miséria

Até o Braga ganhou. E a miserável lagartage desceu ao quarto lugar. Foi a cereja em cima de um bolo que começou com a bela prova do Schumi.

Haja fé!
(pelo menos no F2005)

Tão amigos que nós éramos,,,

... pelo menos até os americanos mandarem desta para melhor um agente dos Serviços Secretos italianos.

Diga-se de passagem que não estou disposto a alinhar em teorias da conspiração como a insinuada por alguns media italianos e reproduzida aqui. Que informações teria a jornalista para que os americanos a quisessem ver morta? Nenhumas, obviamente. Aquilo foi uma coisa que, num cenário de guerra, acontece. E já dizia a minha avó: quem vai à guerra dá e leva.

Mas não deixa de me dar um gozo danado ver os governantes italianos, que andaram este tempo todo a lamber as botas do Bush, a insurgir-se agora contra os americanos, só porque estes enfiaram acidentalmente um balázio na cabeça dum agente dos Serviços Secretos. E, já agora, que diabo estava ele lá a fazer? Turismo?

A razoabilidade é chamada a capítulo quando a ameaça é verdadeira

Esta frase não é minha. É de Adriano Moreira, que eu saiba insuspeito de derivas esquerdistas. A frase é proferida a propósito da existência quase certa de armas de destruição maciça na Coreia do Norte, e da atitude prudente dos EUA, contrastando com o que se passou no caso do Iraque, onde toda a gente sabia, a começar por Bush y sus muchachos, que armas desse género eram apenas fruto de propaganda de quarta categoria.

Vale a pena ler toda a entrevista. Fortemente crítica para com a política externa americana, não deixa de mandar umas boas farpas à Europa, nomeadamente à França. Cito só mais uma frase: "A experiência do Iraque deve ser a vacina definitiva contra os unilateralismos". Nem mais, Professor.

Nota de rodapé: digo eu que a Adriano Moreira vai valendo não ter apelado nem ao voto no PS nem ter sido convidado pelo mesmo partido para qualquer cargo, no Governo ou na Administração Pública. Senão, seria apagado da história do CDS tão depressa como Freitas o foi. Até Trotsky demorou mais tempo a ser apagado da história do PCUS. E se eles eram bons nisso!

Marcelo visita a Tasca

Que outra conclusão tirar depois de o ouvir dizer que Alberto Costa e Mário Lino são dos ministros que lhe merecem maiores reservas? Pois isso mesmo foi manifestado aqui, ontem.

Conclusão: a RTP pouparia uma pipa de massa se viesse ter comigo.

Tão parecidos que eles são

CDS-PP vai enviar retrato de Freitas do Amaral para o Largo do Rato. Ao que parece, os órfãos do Paulo Portas ainda não digeriram bem a deserção do seu antigo líder. Que ele apoiasse o PSD, ainda vá que não vá. Agora, o PS, é heresia. Vai daí, toca a inspirar-se nas práticas do PCP e apagar Freitas da história do partido. Pelos vistos, entre CDS e PCP há mais em comum do que poderíamos imaginar.

A nova namorada do Tomás Cruzeiro

Chama-se Sofia Vergara e chamam-lhe "miss Viagra". PUDERA! Aquilo até levanta (o de) um morto! Chiça, que um gajo até fica sem fôlego...

O Governo visto da Tasca

Boas novas:

• Um governo com menos guterristas reciclados do que seria de esperar, mais a mais porque o PS só esteve 3 anos fora do governo;
  
• Um governo com liberais na Economia e Finanças; independentes, ainda por cima;
  
• Um governo com pouco peso do aparelho do PS;
• Correia de Campos na Saúde;
  

Más novas:

• Alberto Costa: como se espera que quem se mostrou totalmente inepto na Administração Interna consiga fazer o que há para fazer na justiça?
• Mário Lino: não gostei da sua actuação como presidente das Águas de Portugal, pois foi com ele que as AdP congelaram o mercado das águas, no caso dos serviços até hoje, e começaram a concorrer com os privados, numa estranha dicotomia cliente/concorrente.
• Mariano Gago: a.k.a. o Homem Invisível
  

Assim-assim:

• Freitas do Amaral: tirando o facto de se estranhar um antigo líder do CDS a integrar um governo PS, não vejo onde está o mal. Freitas foi presidente da AG da ONU e não é propriamente um atrasado mental. Ridícula, a reacção do CDS.

De resto, há que esperar para ver. Deploráveis, as reacções do PSD (Guilherme Silva) a acusar o governo de ter poucos pesos-pesados. Digo eu que, se pesos-pesados como Jaime Gama, Jorge Coelho, António Vitorino ou João Cravinho integrassem o Executivo, a criatura estaria a bramir contra o "guterrismo reciclado". Preso por ter cão, preso por não ter. É a política à portuguesa.

Laranjas amargas

Marques Mendes critica ministro das finanças indigitado por este ter falado em aumento de impostos. Pois, eu também acho que é preciso cortar na despesa antes de aumentar a receita, e que o aumento de impostos é talvez a solução mais fácil. Mas eu não passo de um gajo que manda umas postas de pescada para cima da mesa. Os nossos economistas mais reputados (por exemplo, o Miguel Beleza, que é do PSD) andam a falar na inevitabilidade de subidas de impostos há meses, e esses, eu acho que sabem do que estão a falar.

Mas a malta laranja já se esqueceu de que foram eles a prometer um "choque fiscal" e mal chegaram ao governo subiram o IVA. Ao menos o Sócrates ficou calado, limitando-se a dizer que não iria baixar os impostos.

Por mim, até aceito a subida dos impostos. Com duas condições: que seja seguida por 1) cortes anuais importantes nas despesas e 2) um plano estruturado a médio prazo de combate à fraude e evasão fiscal. Veremos se será assim.

A bola segundo Gabriel Alves

"Um jogo só acaba quando o árbitro apita"
(no V.Setúbal - Sp. Braga de hoje)

Aventuras de um engenheiro da merda

... é o que por vezes me chamam, por lidar com águas residuais. Mas, em 12 anos de carreira, nunca tinha, como hoje, andado tão na merda. Literalmente, de galochas e fato descartável (mais a máscara para o que desse e viesse, inspeccionando o interior de um tanque monstruoso com o fundo (a 8 m da laje de cobertura) coberto com 20 cm de lama em decomposição. Será possível gostar disto? Estarei definitivamente doido? Se calhar...

Sabe sempre bem

Chegar ao Porto, deixar a trouxa no hotel, caminhar um pouco até ao Capa Negra e comer uma francesinha. Com ovo e batata, acompanhada com um príncepe (na factura vem assim, não sei se bem, se mal, uma vez que não se trata de filho de rei) gelado.

Gosto do Porto. Tem um não-sei-quê de aldeia que, para quem, como eu, vem de um meio pequeno, me agrada. Uma pena o FêCêPê. Borra a pintura.

As bestas da Academia

... ou contra que filmes Martin Scorsese perdeu o Óscar (fonte Público):

• em 1977, Taxi Driver contra Rocky
• em 1981, Touro Enraivecido contra Gente Vulgar
• em 1991, Goodfellas contra Danças com Lobos

Dos vencedores, filmezinhos razoáveis, a história já não reza. Os vencidos, por seu lado, são filmes portentosos que, por direito próprio, fazem parte da lenda de Hollywood. A História fez a justiça que a Academia devia ter feito e não fez. E ainda bem.

We don't need no education

Há músicas especiais, com características que que as fazem transcender a dimensão da simples conjugação de notas e ritmos. Another Brick in the Wall é uma dessas músicas, daquelas que não só marca uma geração inteirinha como ainda perdura pelas vindouras. 25 anos depois de ver a luz do dia, Another Brick in the Wall regressa numa versão explosiva pela mão dessa fantástica banda que dá pelo nome de Korn. E a geração nascida nos 90 pula e berra a plenos pulmões "Hey, teacher, leave us kids alone!". Como nós, os nascidos nos 60/70, o fazíamos há 25 anos (um pouco mais calmamente, concedo). Há músicas assim: destinadas a perdurar para sempre. As outras, as das imensas minorias, já ninguém se lembra delas.

O silêncio é de ouro

Foi-se o Calimero e as coisas acalmaram de imediato. O Luís Filipe Menezes esforça-se, mas não consegue divertir a malta como o outro o fazia.

Entretanto, do Sócrates nem uma palavra. Espero que seja por um bom motivo. Que de montanhas a parir ratos já ando um bocado farto.

Passarinhos com amoras

Jogámos miseravelmente, mas deu para ganhar sem espinhas. E, quando estava a ver que o Liedson não marcava o golinho da ordem, esse craque que dá pelo nome de Amoreirinha, o tal que o Benfica foi buscar ao Alverca no final da época passada para agora o ceder ao Estoril(*), resolveu oferecer uma prenda ao nosso goleador. Não contente, dois minutos depois fez um penalty sobre o dito-cujo, que aproveitou para bisar.

E já vamos com 50 golos. G'anda máquina! E há 3 que não sofremos um para amostra!


(*) coincidências, como está bom de ver, até porque com o Yannick aconteceu precisamente o mesmo, e eu só pergunto quem é que anda a ir a encher os bolsos ou, se quiserem, a ir ao rabinho dos benfiquistas (e eles - nem todos, diga-se - a rir).

AH, GARANHO!

Tenho capacidade para penetrar em sectores que tradicionalmente não votam PSD
(Luis "Rocco" Menezes)